Curso Cristologia: Modulo IV


IV


O DESENVOLVIMENTO DA CRISTOLOGIA DO NT:
DO CRISTO RESSUSCITADO AO FILHO ENCARNADO
Modulo IV

51. A cristologia explícita depois da ressurreição inicia-se com a páscoa. O aprofundamento sobre a pessoa de Cristo sofreu um processo de desenvolvimento. Começa com a reflexão de Jesus histórico até o Cristo da glória através de um processo de retroprojeção que, começando pelos mistérios de sua vida e indo até seu nascimento humano, chegará, ainda mais além, até á sua pré-existência no mistério de Deus. O catecismo n. 515 no falando do Evangelho diz: os evangelhos foram escritos por homens: Os evangelhos foram escritos por homens que foram dos primeiros a receber a fé e que quiseram partilhá-la com outros. Tendo conhecido, pela fé, quem é Jesus, puderam ver e fazer ver os traços do seu mistério em toda a sua vida terrena. Desde os panos do nascimento até ao vinagre da paixão e ao sudário da ressurreição (190), tudo, na vida de Jesus, é sinal do seu mistério. Através dos seus gestos, milagres e palavras, foi revelado que «n'Ele habita corporalmente toda a plenitude da Divindade» (Cl 2, 9). A sua humanidade aparece, assim, como «sacramento», isto é, sinal e instrumento da sua divindade e da salvação que Ele veio trazer. O que havia de visível na sua vida terrena conduz ao mistério invisível da sua filiação divina e da sua missão redentora. E continua o catecismo n. Toda a vida de Cristo é mistério de recapitulação. Tudo o que Jesus fez, disse e sofreu tinha por fim restabelecer o homem decaído na sua vocação originária:«Quando Ele encarnou e Se fez homem, recapitulou em Si a longa história dos homens e proporcionou-nos, em síntese, a salvação, de tal forma que aquilo que havíamos perdido em Adão – isto é, sermos imagem e semelhança de Deus – o recuperássemos em Cristo Jesus» (199). «Aliás, foi por isso que Cristo passou por todas as idades da vida, restituindo assim a todos os homens a comunhão com Deus». Duas atitudes acompanham o testemunho dos Apóstolos o reconhecimento de que o crucificado é o ressuscitado e o novo relacionamento que estabelece com o Senhor. Não mais na carene mas no Espírito.





52 1. A proclamação do Cristo ressuscitado no Querigma primitivo:
Não temos acesso direto á primeiríssima cristologia da Igreja apostólica, já que os escritos mais antigos do NT são dos anos 50 d. C. Todavia, a exegese consegue descrever a primitiva cristologia. O Senhor comunica o seu Espírito aos Apóstolos no mesmo dia da Ressurreição e é na força dele que dão testemunho da vida do ressuscitado. Durante to do o ciclo pascal a Igreja nos faz contemplar os Atos dos Apóstolos.

53. a)Onde se encontra o primitivo Querigma apostólico?
A – Em algumas cartas paulinas e nas pastoris; “Transmite-vos, em primeiro lugar, aquilo que eu mesmo recebei: Cristo morreu por nossos pecados.....foi sepultado, ressuscitou ao terceiro dia,....apareceu...(1 Cor 15,3-7). Este texto é uma cristologia do baixo, é um dos textos mais antigos na Igreja primitiva. É o credo primitivo. A morte de Jesus pelos pecados. O CIC 639 n. falando do fato, do anuncio e da missão diz: O mistério da ressurreição de Cristo é um acontecimento real, com manifestações historicamente verificadas, como atesta o Novo Testamento. Já São Paulo, por volta do ano 56, pôde escrever aos Coríntios: «Transmiti-vos, em primeiro lugar, o mesmo que havia recebido: Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras: a seguir, apareceu a Pedro, depois aos Doze» (1 Cor 15, 3-4). O Apóstolo fala aqui da tradição viva da ressurreição, de que tinha tomado conhecimento após a sua conversão, às portas de Damasco.

“Evangelho de Deus (...).... Estabelecido Filho de Deus.........Nosso senhor (Rm 1,3-4). Aqui “carne” e “espírito” se referem às duas etapas do evento Cristo: seu estado kenótico e sua ressurreição pela ação do Espírito. Conforme o cic. n. 654 existe um duplo aspecto no mistério pascal pela sua morte, Cristo liberta-nos do pecado, pela sua ressurreição, abre-os o aceso a uma nova vida cf. Rm 6,4.

54. Grande é o mistério da piedade: Ele foi manifestado na carne. (1Tm 3,16). Trata-se aqui, de um hino primitivo, no qual ‘carne” e “espírito’ indicam a Kénosis e a glorificação do Senhor Jesus. Nesta mesma perspectiva pode-se ver também (cf. 1Ts 1,10; Gl 1,3-5; 3,1-2; 3,1-2;4,6 Rm 2,16; 8,34; 10,8-9. Hb 6,1).

55. Aqui se pode observar as seguintes características do primitivo Querigma:
• Seu centro é o mistério pascal da morte e ressurreição do Senhor.
• A ênfase é colocada na ressurreição, mesmo se esta nunca é separada da morte do Cristo;
• A ressurreição indica a entrada de Jesus no estado escatológico, como também sua exaltação como senhor (Kyrios);
• Tudo isto é anunciado como Boa Nova, já que estando todo unido ao pai no seu ser inteiro, Jesus nos abriu a estrada.
• A ressurreição do Senhor é fato objetivo que transforma subjetivamente os discípulos, estes abalados pela morte dolorosa do Senhor incrédulos passa pela catequese e pelo encontro inaudito como Senhor e como fruto deste encontro nasce a missão da Igreja.

Perante estes testemunhos, é impossível interpretar a ressurreição de Cristo fora da ordem física e não a reconhecer como um facto histórico. Resulta, dos factos, que a fé dos discípulos foi submetida à prova radical da paixão e morte de cruz do seu Mestre, por este de antemão anunciada (558). O abalo provocado pela paixão foi tão forte que os discípulos (pelo menos alguns) não acreditaram imediatamente na notícia da ressurreição. Longe de nos apresentar uma comunidade tomada de exaltação mística, os evangelhos apresentam-nos os discípulos abatidos (de «rosto sombrio»: Lc 24, 17) e apavorados (559). Foi por isso que não acreditaram nas santas mulheres, regressadas da sua visita ao túmulo, e «as suas narrativas pareceram-lhe um desvario» (Lc 24, 11) (560). Quando Jesus apareceu aos onze, na tarde do dia de Páscoa, «censurou-lhes a falta de fé e a teimosia em não quererem acreditar naqueles que O tinham visto ressuscitado» (Mc 16, 14).
Mesmo confrontados com a realidade de Jesus Ressuscitado, os discípulos ainda duvidam (561) de tal modo isso lhes parecia impossível: julgavam ver um fantasma (562). «Por causa da alegria, estavam ainda sem querer acreditar e cheios de assombro» (Lc 24, 41). Tomé experimentará a mesma provação da dúvida (563), e quando da última aparição na Galileia, referida por Mateus, «alguns ainda duvidavam» (Mt 28, 17).É por isso que a hipótese, segundo a qual a ressurreição teria sido um «produto» da fé (ou da credulidade) dos Apóstolos, é inconsistente. Pelo contrário, a sua fé na ressurreição nasceu — sob a ação da graça divina da experiência direta da realidade de Jesus Ressuscitado.

56. B) Também nos discursos missionários de Pedro e Paulo, narrados nos Atos dos Apóstolos (cf. 2,14-39; 3,13-26; 4,10-12; 5,30-32; 10,34-43; 13,17-47). Estes discursos eram destinados aos judeus, constituindo o primeiríssimo Querigma com referência à fé de Israel e a espera messiânica. Este é o modo como Jesus foi pregado na primeira geração cristã. Comporta tal pregação de sete pontos.
• Vós sois testemunhas e tendes experiência da ação do Espírito;
• Se o Espírito foi derramado sobre Israel em tal abundancia é sinal da chegada dos “últimos dias”, predito pelos profetas;
• Isto se verificou com o nascimento, vida e milagres do Nazareno, que os judeus mataram, mas que Deus ressuscitou dos morto – e disso somos testemunhas;
• A este Jesus, Deus constituiu Senhor e Messias, colocando-o á sua direita;
• Tudo isto aconteceu de acordo com as escrituras, sendo parte do plano de Deus para a salvação dos nossos pecados e é conforme à fé dos pais;
• O ressuscitado é o novo Moisés, que virá conduzir o Israel escatológico à redenção final com o Filho do Homem;
• Se acreditardes, fazei-vos e sereis salvos (cf. p. ex At 2,14-39).

642. Tudo quanto aconteceu nestes dias pascais empenha cada um dos Apóstolos – e muito particularmente Pedro – na construção da era nova, que começa na manhã do dia de Páscoa. Como testemunhas do Ressuscitado, eles são as pedras do alicerce da sua Igreja. A fé da primeira comunidade dos crentes está fundada no testemunho de homens concretos, conhecidos dos cristãos e, a maior parte, vivendo ainda entre eles. Estas «testemunhas da ressurreição de Cristo» (556) são, em primeiro lugar, Pedro e os Doze. Mas há outros: Paulo fala claramente de mais de quinhentas pessoas às quais Jesus apareceu em conjunto, além de Tiago e de todos os Apóstolos (557).
b) a cristologia do Querigma

57. As características do discurso de Pedro resumem muito bem a cristologia pascal, centrada na ressurreição de Cristo: trata-se de: uma ação de Deus sobre Jesus em nosso favor, constituindo-o Senhor e Cristo, chefe e Salvador (cf. At 5,31), terminando com um convite ao arrependimento.
OBRA DE DEUS: A ação divina narrada consiste essencialmente em ressuscitar Jesus dos mortos e é apresentada como a intervenção decisiva de Deus na história da salvação. O Deus do AT é o Deus do Êxodo. Este acontecimento é prenúncio de um maior ainda: a ressurreição de Cristo. Tudo quanto seguirá depende deste momento central: na ressurreição Deus triunfou plenamente sobre o pecado e a morte, manifestando-se plenamente como Deus salvador. Assim, a ressurreição de Jesus é a plenitude da revelação divina.

A JESUS: A ressurreição é, para Jesus, a inauguração de uma condição completamente nova. Para ele a esperança escatológica já se cumpriu na sua realidade inteira, corpo e alma.Jesus é o mesmo só que glorificado. Com sua ressurreição ele chegou à perfeição (Cf. Hb 5,9), de modo que a fé cristã em cristo enquanto tomado perfeito por Deus, mesmo continuando a ser o mesmo Jesus da história, de tal sorte que o NT diz que Jesus é o cristo, Jesus é o Kyrios. Tudo o que aconteceu na vida terrena de Jesus foi assumido na sua condição de Ressuscitado, recebendo seu verdadeiro significado.o evento pascal funda a identidade pessoal e a diferença qualitativa entre o Jesus da história e o Cristo da fé: (cf. Mc 16,6).

POR NÓS: O que Deus realizou em Jesus foi por nós.Todos os títulos que exprimem a nova dignidade adquirida por Jesus ressuscitado consideram-no em relação a nós: Deus tornou-o Cristo, Senhor de todos (cf. At 10,36). Chefe e Salvador (c. At 5,31); Em seu nome todos serão salvos (At 4,12), juiz dos vivos e dos mortos (At 1o,42), de modo que sua ressurreição inaugura o advento decisivo da salvação.

58. Portado, segundo o Querigma primitivo, a Páscoa é uma ação de Deus em Jesus a nosso favor. Com tal ação nasceu a cristologia pascal, com um discurso explícito, refletido, sobre o significado de Jesus para a fé cristã.Aquele que havia anunciado Deus e o seu Reino tornou-se agora o objeto central da proclamação: a Igreja proclama e anuncia o mensageiro do Reino.

59. Agora também os títulos messiânicos do AT tornam-se o canal pelo qual os primeiros cristãos procuraram exprimir o significado de Jesus: ele é o Cristo, o Senhor. Usam as categorias á sua disposição, presentes na cultura judaica, mas , ao mesmo tempo, são conscientes do modo transcendente com o qual o Cristo levou a cumprimento a antigas promessas messiânicas.

60. Assim, a primeira cristologia é “do baixo” porque parte da realidade humana de Jesus, transformada graças à ressurreição e a condição divina do Senhor ressuscitado foi já proclamada pela cristologia do Querigma primitivo.

61. Finalmente, a cristologia do primitivo Querigma é essencialmente soteriológica: seu discurso é centrado na salvação dos homens. Particularmente o título de “Filho de Deus” é aplicada Cristo no sentido do rei messiânico, investido por Deus na ressurreição, permanecendo funcional (cf. Sl 2, At13,32s; Hb 1,5).

62. Concluindo, os desenvolvimentos posteriores não anularam o valor da cristologia primitiva: pois nela tem o alicerce da fé cristã.
2. Da proclamação do ressuscitado à confissão do Filho de Deus

63. A cristologia do Senhor ressuscitado e a cristologia da filiação divina de Jesus da sua origem em Deus e da sua preexistência com ele) é realmente notável. No entanto existe um desenvolvimento da cristologia do NT em direção a uma tal cristologia do Filho de Deus, presentes nas cartas paulinas, no Evangelho de João e no Apocalipse, na carta aos Hebreus e nos Sinóticos.

a)Um desenvolvimento em direção á preexistência.

64. Para perceber um tal desenvolvimento é necessário distinguir as diversas fases de compreensão do mistério de Cristo, cada uma com seu contexto. Agora com a luz do Espírito faz-se uma releitura do mistério de Cristo: o nascimento virginal das narrativas da infância representa como que um sinal divino que Jesus, desde o seu início de sua existência terrena, provém de Deus como Filho.o problema da sua preexistência não tinha sido tratado, chega nas cartas (cf. Fl 2,6-11; Cl 1,15-20; Ef 1,3-13; Jô 1,1-18).

65. Um primeiro modo de faze-lo foi mostrando que o Jesus pré-pascal, ao longo de sua vida terrena e desde os inícios, era vindo de Deus e destinado á glória manifestada com a ressurreição. Os sinóticos revelam esta reflexão: no batismo e na transfiguração (cf. Mc 1,11, citando Sl 2,7 e Is 42,1; Mc 9,7 e Is 42,1). À volta ao inicio propriamente dito da vida terrena de Jesus levou os sinóticos a afirmarem a origem do seu nascimento humano (cf. Lc 1,32).

66. Jesus já era divino antes de sua vida terrena. Para além de sua vida humana de Deus, Jesus era já com deus, pré-existindo com deus e em deus eternamente, independente e antes da sua manifestação na carne, pois o homem não pode tornar-se Deus nem mesmo por obra de Deus. A condição divina de Jesus na glorificação d sua humanidade era um reflexo no seu ser humano da identidade divina que já lhe era própria desde a eternidade, na sua preexistência em Deus. O homem não pode tornar Deus, mas Deus pode tornar-se homem; e ele se tornou tal em Jesus Cristo. Assim desenvolveu uma cristologia mais aprofundada a da preexistência com duplo movimento: para o baixo (do alto) e para o alto (do baixo 0, compreendendo o inteiro evento de Cristo (cf. Jô 17,5).

67. Eis alguns exemplos de tal cristologia do NT: Rm 1,3-4 “Jesus Cristo nosso Senhor, seu Filho....nascido da estirpe de Davi....constituído Filho de Deus com potência segundo o Espírito..” aqui uma cristologia da preexistência é anteposta à cristologia da páscoa. O processo de retroprojeção levou a uma cristologia do “Filho” de Deus feito homem que se torna “Filho de Deus” na ressurreição.

68. Fl 2,6-11 Tal texto deve remontar aos anos 40 d.C, já que Paulo cita um hino já conhecido, escrevendo aos Filipenses por volta do ano 56 d.C. Tal hino é dividido em duas partes com rês estrofes cada: uma descendente (vv.6-8) e outra, ascendente (9-11), ligadas entre si por um “por isso’. A cristologia

69. Tal desenvolvimento da cristologia não invalida a precedente, mas entra mais profundamente no mistério da pessoa de Jesus, expondo aquilo que só latentemente estava presente no Kerygma primitivo: ora, naquilo que ele é para nós está implicado o que ele é em si mesmo.

b) Da preexistência à filiação divina

70. A preexistência e a identidade de Jesus foram aos poucos afirmadas numa perspectiva de filiação divina. O título “Filho de Deus” foi o modo privilegiado para exprimir a verdadeira identidade pessoal do Senhor Jesus.Isto é compreensível se pensarmos que, para além da experiência pascal, a primeira comunidade cristã retornou á experiência filial do próprio Jesus histórico.Jesus viveu profundamente em tudo uma atitude filial.Assim, a origem da cristologia da filiação encontra-se no próprio Jesus, sendo retomada e aprofundada pela Igreja sob a guia do Espírito Santo. Com a descoberta de tal filiação abre-se agora uma nova abordagem para o discurso da fé que, tendo agora como ponto de partida “estar-junto do Pai e do Filho em uma comunhão inefável de vida, precedente e independentemente da missão do Filho recebida do Pai. A preexistência de Jesus antes de sua vida terrena, postula como condição divina do seu estado de Ressuscitado, era de fato a existência na eternidade de Deus. Deste modo Jesus entra na mesma definição da essência de Deus: ele, desde a eternidade, é o Filho de Deus e Deus, eternamente, é o “pai de nosso Senhor Jesus Cristo’. A história e o destino de Jesus têm, portanto, seu fundamento na própria essência de Deus, de modo que nele a natureza divina manifesta-se como acontecimento. As afirmações do NT sobre a preexistência conduzem, portanto, a uma reinterpretarão mais ampla do conceito de Deus. É assim que a cristologia do NT alcança o seu ponto alto, com o prólogo do Quarto Evangelho.

71. O autor sagrado aplica ao Filho preexistente o conceito de Verbo (dabar) de Deus, a partir da literatura do AT. Deus , o Pai (ho Theós) é distinto do Verbo que é Deus (Théos): “ E o verbo se fez carne” (sarx egeneto) exprime o fazer-se pessoalmente humano do Verbo eterno; a “carne” indica a frágil condição humana que ele condivide com os homens pela encarnação. “E habitou entre nós” faz referência ao AT sobre , em virtude da qual a Sabedoria ‘armou a sua tenda” para habitar entre os homens. Apesar da debilidade da carne, a glória de Deus brilha através da existência humana de Jesus desde o seu início.. Jesus cristo, o Verbo o feito carne, é “Unigênito’, “Filho de Deus’. Por isso o seu ser eternamente gerado pelo Pai é expresso de modo distinto do título funcional de primogênito dos mortos, atribuído a Jesus na sua ressurreição (cf. 1,18). Jesus cristo é a suprema graça de Deus e a mais alta manifestação da sua fidelidade ao seu propósito salvifíco. Do alto do prólogo do Evangelho de Jô Se olha todo o seu Evangelho.
Da mente ao coração
Terminemos com as comoventes palavras da Liturgia Bizantina:

Dia da Ressurreição,
resplandeçamos, ó povos!
Páscoa do Senhor! Páscoa!
Cristo Deus nos fez passar
da morte à vida, da terra ao céu,
entoando o hino de sua vitória!
Purifiquemos os sentidos e veremos
a Luz inacessível da Ressurreição
a Cristo resplandecente
que diz: Alegrai-vos!
Exultem os céus e a terra.
Exulte o universo inteiro, visível e invisível:
Cristo ressuscitou. Alegria eterna!
Exultem os céus e exulte a terra,
faça festa todo o universo
visível e invisível.
Alegria eterna,
porque Cristo ressuscitou!
Dia da Ressurreição,
resplandeçamos, ó povos:
Cristo ressuscitou dentre os mortos,
ferindo com sua morte a própria morte
e dando a vida aos mortos em seus túmulos.
Ressurgindo do túmulo,
como havia predito
Jesus nos deu a vida eterna e a grande misericórdia!
Este é o Dia que o Senhor fez:
seja ele nossa alegria e nosso gozo!
Páscoa dulcíssima,
Páscoa do Senhor, Páscoa!
Uma Páscoa santíssima nos amanheceu.
Páscoa! Plenos de gozo,
abracemo-nos todos!
Ó Páscoa, que dissipas toda tristeza!
É o Dia da Ressurreição!
Irradiemos alegria por tal Festa,
abracemo-nos mutuamente
e chamemos de irmãos até àqueles que nos odeiam;
perdoemos-lhes tudo
por causa da Ressurreição,
e gritemos sem cessar dizendo:
Cristo ressuscitou dentre os mortos,
ferindo a morte com a sua morte
e dando a vida aos mortos em seus túmulos!

Fonte de pesquisa: Síntese do curso da apostilha de cristologia com alguns acréscimos do Catecismo da Igreja Católica

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