Papa indica “gramática básica” para os Pastores da Igreja
Acolhimento, sobriedade, paciência,
mansidão, confiança e bondade. Essas foram as qualidades humanas indicadas pelo
Papa Francisco como o “alfabeto”, a “ gramática de base” do ministério de
bispos, padres e diáconos. O Santo Padre falou aos fiéis, na catequese desta
quarta-feira, 12, dando continuidade à reflexão da semana passada sobre o ministério episcopal.
Francisco destacou que esses ministérios
ordenados constituem um dom de Deus para a Igreja enquanto sinal vivo da Sua
presença. Hoje, em especial, ele se concentrou no que é pedido a esses
ministros para que possam viver de modo autêntico o próprio serviço.
Aí entram as qualidades humanas citadas
por Francisco que, segundo ele, unem-se aos dons da fé e da vida espiritual no
serviço desses ministros. “Sem esta predisposição a encontrar, a dialogar, a
relacionar-se com os irmãos respeitosamente não é possível oferecer serviço e
testemunho realmente alegre e credível”, disse.
O Santo Padre recordou que uma atitude
de fundo que São Paulo recomenda para todo ministério pastoral é reviver
continuamente o dom que foi recebido. Isso significa manter viva a consciência de
que não se é bispo, sacerdote ou diácono por ser mais inteligente ou melhor que
os outros, mas só por força de um dom de amor dado por Deus no poder de seu
Espírito para o bem do seu povo. “Esta consciência é importante e é uma graça a
pedir todos os dias”.
Assim, um bispo nunca poderá ter um
comportamento autoritário, disse Francisco. A consciência de que tudo é um dom
de Deus ajuda o pastor a não cair na tentação de se colocar no centro da
atenção e de confiar somente em si mesmo. “É a tentação da vaidade, do orgulho,
da suficiência. Ai de um bispo, de um sacerdote, de um diácono se pensasse
saber tudo!
Quando o bispo, o padre ou o diácono é
consciente de ser chamado a proteger o depósito da fé, ele se colocará na
escuta do povo e saberá que sempre tem algo a aprender, mesmo com aqueles que
podem estar distantes da fé e da Igreja.
“Devemos ser sempre gratos ao Senhor,
porque, no ministério dos bispos, padres e diáconos, Ele continua a formar a
sua Igreja (…). Ao mesmo tempo, devemos rezar para que os pastores da nossa
comunidade possam ser imagem viva da comunhão e do amor de Deus.”
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