Celebração de abertura do Conselho Permanente recorda Mês Missionário
Começou na manhã desta terça-feira, 25 de outubro,
a 91ª reunião ordinária do Conselho Permanente da Conferência Nacional dos
Bispos do Brasil (CNBB), na sede da entidade, em Brasília (DF). Na celebração
de abertura do encontro, o arcebispo de Brasília e presidente da CNBB, dom
Sergio da Rocha, recordou as motivações do Mês Missionário e ressaltou o
chamado à Igreja para que seja “discípula, missionária e profética”.
“Não é possível ser Igreja missionária sem atitude
de discipulado”, destacou dom Sergio, que falou da missão eclesial de anunciar
a palavra, observado os sinais dos tempos durante reflexão sobre a leitura do
Evangelho - na qual Jesus afirma que quem ouve Sua palavra e as põe em prática
“é como um homem sensato, que construiu sua casa sobre a rocha”.
O presidente da CNBB ainda contextualizou o chamado
missionário na proposta do Jubileu Extraordinário da Misericórdia, como tem
feito nas últimas celebrações de abertura das reuniões com os bispos na
Conferência. A Igreja, reiterou, deve ser “misericordiosa, mãe acolhedora e
casa de portas abertas”.
Ao final da celebração, dom Sergio rogou a Deus que
neste Conselho Permanente, de forma fraterna, os bispos possam contribuir para
construir uma Igreja missionária, discípula, “mas que se expressa
misericordiosa e profética”.
Mês das Missões
A celebração de abertura recordou o Mês
Missionário, cuja Campanha promovida pela Igreja neste ano propõe como tema
“Cuidar da Casa Comum é nossa missão” e o lema “Deus viu que tudo era muito
bom” (Gn 1,31). Na recordação da vida, o bispo auxiliar de São Luís (MA) e
presidente da Comissão Episcopal para a Ação Missionária e a Cooperação
Intereclesial da CNBB, dom Esmeraldo Barreto de Farias, lembrou que “o projeto
do criador é maravilhoso, mas encontra-se ameaçado. Em nossa Casa Comum, tudo
está interligado como uma única família. E nós recebemos de Deus a missão de
cuidar dessas relações”.
As preces da celebração também recordaram a
temática do Mês Missionário. Foram colocados pedidos pelos missionários que
entregam sua vida no anúncio do Evangelho, dedicam sua vida no cuidado dos
pobres e da Mãe Terra e também os que se encontram em situações difíceis e até
perseguidos na missão de evangelizar e cuidar da vida; pelo papa Francisco, para
que seu testemunho e palavra animem a Igreja na missão do cuidado da Casa
Comum; pelas comunidades, para que nelas seja despertada a consciência da
importância de cooperar e animar o espírito missionário de doação e serviço.
Foram colocadas ainda intenções pelo povo do Haiti,
mais uma vez atingido por um desastre natural; pelo artista plástico Cláudio
Pastro, falecido no último dia 19; e o pedido para que seja copiado o exemplo
do primeiro santo brasileiro, Santo Antônio de Sant’Anna Galvão, cuja festa é
celebrada hoje. O bispo de Osasco (SP) e presidente da Comissão Episcopal
Pastoral para a Vida e a Família da CNBB, dom João Bosco Barbosa de Sousa, o
definiu como “homem da paz e da caridade”. Na atual situação de violência e
conflitos em que se insere o país, “fará bem copiar o seu exemplo”, disse o
bispo.
Conselho
O encontro iniciado nesta terça-feira segue até
quinta, dia 27 e tem a participação da Presidência da CNBB, dos presidentes das
Comissões Episcopais Pastorais, dos representantes dos 18 regionais da
entidade, além de coordenadores de organismos vinculados à Conferência.
Os bispos irão abordar nestes dias de encontro a
pauta da 55ª Assembleia Geral da CNBB, que acontecerá de 26 de abril a 5 de
maio de 2017, em Aparecida (SP); uma discussão a respeito de propostas de
aplicação da exortação apostólica pós-sinodal Amoris Laetitia – sobre o amor na
família e também relacionadas ao Congresso Eucarístico Nacional. Ainda serão
tratados temas como a Comissão para assessoria das causas de beatificação e canonização,
sugestões para vivência do Ano Nacional Mariano e comunicações dos regionais e
das Comissões Episcopais. A Presidência da CNBB fará um relato sobre a visita
ao papa Francisco, ocorrida na última semana.
A reunião ainda terá apresentação do texto-base da
Campanha da Fraternidade 2017 e avaliação da edição ecumênica deste ano;
definição da forma de trabalho que será assumida pelo Grupo de Trabalho de
enfrentamento ao Tráfico Humano; entre outros temas relevantes para a atuação
pastoral da Igreja.
Fonte: CNBB
(Conferencia Nacional
dos Bispos do Brasil)
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