Domingo de Ramos.
O Domingo que precede a solenidade pascal e inicia
a Semana Santa chama-se “Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor”. A Igreja o
celebra solenemente antes da Missa com uma procissão ou nos ritos iniciais
próprios para a celebração Eucarística deste Domingo.
A procissão com ramos foi introduzida no Ocidente na segunda metade do século
IX. Historiadores relatam que antes desta data os celebrantes participavam da
Missa com ramos nas mãos sem serem abençoados, em algumas localidades, e outras
localidades, com a inclusão da bênção dos ramos.
O centro desta celebração é a
entrada de Jesus em Jerusalém, mencionada pelos
quatro evangelistas: as multidões tinha ramos de oliveiras e foram ao encontro
do Senhor cantando e gritando hosanas (Jo 12,12-13). Este texto tornou-se a
antífona da procissão de ramos.
Este Domingo foi denominado com vários nomes, em latim: “Dominica palmarum” e “Dominica
Hosanna”. Este último devido a antífona inicial da celebração. Outros nomes: “Pascha
floridum” (Páscoa das flores), pois em algumas localidades abençoavam-se ramos,
palmas e flores, trazidos para a celebração. Foi também chamado de “Dies
indulgentiae”, porque antigamente, neste Domingo, era anunciado os pecadores
públicos que seriam reconciliados publicamente com a Igreja, depois de um longo
período de penitência.
Em algumas Igrejas, acontecia neste Domingo a entrega do Símbolo da Fé (Credo)
aos catecúmenos competentes, isto é, aqueles que seriam batizados na Vigília
Pascal, de onde este Domingo ser denominado também como “Pascha competentium”
(Páscoa dos competentes). Outra curiosidade: neste Domingo os catecúmenos
deveriam lavar suas cabeças e tinham os cabelos cortados, por isso denominar
este Domingo como “Dies ou Dominica in capitilavatio” (Domingo da lavação da
cabeça); uma necessidade para a Unção Crismal, que receberiam na Noite da
Vigília Pascal.
Atualmente, o Missal Romano, em sua “editio typica” denomina este Domingo como “Dominica
in palmis de Passione Domini”; Domingo de Ramos da Paixão do Senhor.
O rito da procissão de ramos, na Liturgia atual, consta de uma monição
presidencial, a bênção dos ramos, a proclamação do Evangelho e a procissão até
a Igreja. Segue-se depois a Missa da Paixão, assim denominada porque na mesma
se faz a leitura do Evangelho da Paixão, a começar com a coleta inicial do
Domingo de Ramos.
A tradição cristã orna a Cruz processional com ramos e pede que os celebrantes
levem para suas casas os ramos abençoados na celebração.
(SV)
Fonte: S.A.L (Serviço de Animação Liturgica)
Reprodução: PASCOM - PSG
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