TEMPO DA QUARESMA – PREPARAÇAO PARA A PÁSCOA

A Quaresma é um período de quarenta dias. Inicia-se na Quarta - feira de Cinzas, prolongando-se até a Quinta-feira Santa, antes da Missa na Ceia do Senhor. O tempo da quaresma faz a Igreja ecoar o anuncio de Jesus: CONVERTEI-VOS E CREDE NO EVANGELHO, para tanto, necessitemos exercitar mais a prática do jejum, da oração e da caridade como meios eficazes de combate espiritual. O número quarenta faz recordar a pratica do Antigo Testamento do povo de Israel na longa peregrinação do deserto, o deserto de Jesus e o deserto da Igreja. É digno de nota que o mesmo Jesus que entrou na penitência dos quarenta dias aparece transfigurado com dois outros penitentes: Moisés e Elias! Estamos em comunhão com este rica tradição anterior. E é tão antigo que tem suas raízes na própria prática da Igreja apostólica.  “A Quaresma deste Ano Jubilar seja vivida mais intensamente como tempo forte para celebrar e experimentar a misericórdia de Deus. Quantas páginas da Sagrada Escritura se podem meditar, nas semanas da Quaresma, para redescobrir o rosto misericordioso do Pai! Com as palavras do profeta Miqueias, podemos também nós repetir: Vós, Senhor, sois um Deus que tira a iniquidade e perdoa o pecado, que não Se obstina na ira mas Se compraz em usar de misericórdia. Vós, Senhor, voltareis para nós e tereis compaixão do vosso povo. Apagareis as nossas iniquidades e lançareis ao fundo do mar todos os nossos pecados (cf. 7, 18-19).
            Portanto, a quaresma prepara os fies para renovar o batismo e acolhe novos membros Ponham-se em maior realce, tanto na Liturgia como na catequese litúrgica, os dois aspectos característicos do tempo Quaresmal, que pretende, sobretudo através da recordação ou preparação do Batismo e pela Penitência, preparar os fiéis, que devem ouvir com mais freqüência a Palavra de Deus e dar-se à oração com mais insistência, para a celebração do mistério pascal (SC, n. 109).



As práticas da Quaresma - 


A oração -  Jesus orou e ensinou os seus a orar. Não devemos descuidar da pratica orante. Uma boa pratica é meditar um salmo a cada dia ou para quem desejar mais, todo o saltério na quaresma. Pode Pode-se, também, rezar a Via Sacra às sextas-feiras! Ou ainda, meditar os mistérios do terço a cada dia com a palavra de Deus. Acompanhar  o nosso retiro espirutal com o tema a parábola do pai misericordiosos.
A penitência - todos os dias quaresmais (exceto os domingos!) são dias de penitência. Na Quarta-feira de Cinzas e na Sexta-feira Santa os cristãos jejuam: o jejum recorda três coisas: que somos fracos, precisamos da força de Deus. A nossa vida é Dom de Deus. Que sou escravo do pecado e o jejum é meio para vencer o pecado, que me abre a caridade fraterna. Numa palavra jejum algum alimento  ou atitude para ter força de jejuar o pecado. Escolha o seu modo de jejuar. Os mais generosos podem jejuar todas as sextas-feiras da Quaresma. Farão
A esmola - Trata-se da caridade fraterna.  É amor transformado em obras de caridade que nos salva. São muitos expressivas a exortação do papa Francisco: Não podemos escapar às palavras do Senhor, com base nas quais seremos julgados: se demos de comer a quem tem fome e de beber a quem tem sede; se acolhemos o estrangeiro e vestimos quem está nu; se reservamos tempo para visitar quem está doente e preso (cf. Mt 25, 31-45). De igual modo ser-nos-á perguntado se ajudamos a tirar da dúvida, que faz cair no medo e muitas vezes é fonte de solidão; se fomos capazes de vencer a ignorância em que vivem milhões de pessoas, sobretudo as crianças desprovidas da ajuda necessária para se resgatarem da pobreza; se nos detivemos junto de quem está sozinho e aflito; se perdoamos a quem nos ofende e rejeitamos todas as formas de ressentimento e ódio que levam à violência; se tivemos paciência, a exemplo de Deus que é tão paciente conosco; enfim se, na oração, confiamos ao Senhor os nossos irmãos e irmãs. Em cada um destes « mais pequeninos », está presente o próprio Cristo. A sua carne torna-se de novo visível como corpo martirizado, chagado, flagelado, desnutrido, em fuga ... a fim de ser reconhecido, tocado e assistido cuidadosamente por nós. Não esqueçamos as palavras de São João da Cruz: « Ao entardecer desta vida, examinar-nos-ão no amor ». (papa Francisco).
A meditação da Palavra de Deus - este é um tempo de escuta mais atenta da Palavra: o homem não vive somente de pão, mas de toda Palavra saída da boca de Deus. Seria muitíssimo recomendável ler durante este tempo o Livro do Êxodo ou o Profeta Jeremias ou Oséias ou, ainda,  O Evangelho  de Jesus segundo  Lucas, a Epístola aos Romanos.
A conversão “Eis o tempo da conversão!”, diz-nos São Paulo. Que cada um veja um vício, um ponto fraco, que o afasta de Cristo, e procure lutar, combatê-lo nesta Quaresma! Os antigos apontavam os sete vícios capitais: a soberba, a avareza, a acédia, a ira, a tristeza, a gula e a luxúria. “A primeira verdade da Igreja é o amor de Cristo. E, deste amor que vai até ao perdão e ao dom de si mesmo, a Igreja faz-se serva e mediadora junto dos homens. Por isso, onde a Igreja estiver presente, aí deve ser evidente a misericórdia do Pai. Nas nossas paróquias, nas comunidades, nas associações e nos movimentos – em suma, onde houver cristãos –, qualquer pessoa deve poder encontrar um oásis de misericórdia” (Papa Francisco).

A liturgia da Quaresma
Este tempo sagrado é marcado por alguns sinais especiais nas celebrações da Igreja:
a cor da liturgia é o roxo - sinal de sobriedade, penitência e conversão;

Não se canta o Glória nas missas (exceto nas solenidades, quando houver; dia de São José e a anunciação do Anjo do Senhor)

Não se canta o aleluia que, sinal de alegria e júbilo, somente será cantado outra vez na Páscoa da Ressurreição (isto vale mesmo para as festas e solenidades);
os cantos da missa devem ter uma melodia simples; um bom costume é que o Credo, o Santo, o Pai-nosso e o Cordeiro e as respostas da Oração Eucarística sejam recitados, não cantados;

não é permitido que se toque nenhum instrumento musical, a não ser para sustentar o canto, em sinal de jejum dos nossos ouvidos, que devem ser mais atentos à Palavra de Deus. Vamos fazer esta experiência neste tempo Quaresmal. O evangelista refere o ensinamento de

Jesus, que diz: « Sede misericordiosos, como o vosso Pai é misericordioso » (Lc 6, 36). É um programa de vida tão empenhativo como rico de alegria e paz. O imperativo de Jesus é dirigido a quantos ouvem a sua voz (cf. Lc 6, 27). Portanto, para ser capazes de misericórdia, devemos primeiro pôr-nos à escuta da Palavra de Deus. Isso significa recuperar o valor do silêncio, para meditar a Palavra que nos é dirigida. Deste modo, é possível contemplar a misericórdia de Deus e assumi-la como próprio estilo de vida”. Quero obedecer o apelo da Igreja na voz do sucessor de Pedro.

Não é permitido usar flores nos altares, em sinal de despojamento e penitência (nos casamentos e outras festas as igrejas, devem ser enfeitadas com MUITA sobriedade!);
a partir da quinta semana da Quaresma podem-se cobrir de roxo ou branco as imagens, em sinal de jejum dos sentido, sobretudo dos olhos.
Pe. José Humberto - ADM

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