Na catequese, Papa fala da relação da Eucaristia com a vida
Como se vive a Eucaristia? A resposta a esta pergunta foi o tema abordado pelo Papa Francisco na catequese desta quarta-feira, 12, na Praça São Pedro. O Santo Padre falou da necessidade de participar da Eucaristia tendo atenção para com os mais necessitados, vendo neles a face de Cristo.
Na semana passada, Francisco já havia falado da
Eucaristia, que estabelece a comunhão entre o homem
e Cristo. Hoje, o Papa falou de três sinais que indicam se o sacramento é bem
vivido ou não pelos fiéis.
O primeiro
sinal é a
consideração pelos outros. Francisco lembrou que toda a
vida de
Cristo foi um ato de partilha, por amor ao ser humano. Ele questionou, a partir
desse exemplo, como é a atitude dos cristãos na Missa.
“Agora nós, quando
participamos da Missa, encontramos com homens e mulheres de todo tipo,
mas a Eucaristia que celebro leva-me a senti-los todos como irmãos e
irmãs? Impele-me a andar rumo aos pobres, marginalizados?
Ajuda-me a reconhecer neles a face de Jesus?”.
Como exemplo, o Papa
citou algumas situações sociais de dificuldade em Roma, como o sofrimento com a
chuva, com a falta de emprego. Ele questionou se os fiéis se preocupam
realmente com essas pessoas ou se na Missa a preocupação é só em reparar na
roupa das pessoas, como acontece muitas vezes.
O segundo indício de uma
boa vivência da Eucaristia é a graça de sentir-se perdoado e pronto a perdoar.
“Quem celebra a Eucaristia não o faz porque quer parecer melhor que os outros,
mas porque se reconhece sempre necessitado de ser acolhido pela misericórdia de
Deus feita carne em Jesus
Cristo. Devemos ir à Missa humildemente, como pecadores”,
disse.
O Pontífice falou, por
fim, da relação entre a celebração eucarística e a vida das comunidades
cristãs. Ele ressaltou a necessidade de ter sempre em
mente que a Eucaristia não é uma comemoração humana do que Cristo fez, mas é
uma ação do próprio Cristo.
“É um dom de Cristo que
se torna presente e nos acolhe para nutrir-nos”, disse o Papa, enfatizando a
necessidade de coerência entre a liturgia e a vida.
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