5. Não ao mundanismo espiritual
5.1. O mundanismo
espiritual, que se esconde por detrás de aparências de religiosidade
e até um instrumento musical e amor à Igreja
5.2. Este mundanismo pode alimentar-se, sobretudo,
de duas maneiras profundamente relacionadas. Uma delas é o fascínio do
gnosticismo [...] A outra é o neopelagianismo autorreferencial de quem, no
fundo, só confia nas suas próprias forças e se sente superior aos outros
por cumprir determinadas normas ou por ser irredutivelmente fiel a certo
estilo católico próprio do passado.
5.3. Em alguns, há um cuidado
exibicionista da liturgia, da doutrina e do prestígio da Igreja, mas não se
preocupam que o Evangelho adquira uma real inserção no povo fiel de
Deus e nas necessidades concretas da história.
5.4. Em outros, o próprio mundanismo
espiritual esconde-se por detrás do fascínio de poder mostrar conquistas
sociais e políticas, ou numa vanglória ligada à gestão de assuntos práticos, ou
numa atração pelas dinâmicas de auto-estima e de realização autorreferencial.
Também se pode traduzir em várias formas de se apresentar a si mesmo envolvido
numa densa vida social cheia de viagens, reuniões, jantares, recepções.
5.5. Quantas vezes sonhamos planos
apostólicos expansionistas, meticulosos e bem traçados, típicos de generais
derrotados!
5.6. Quem caiu neste mundanismo olha
de cima e de longe, rejeita a profecia dos irmãos, desqualifica quem o
questiona, faz ressaltar constantemente os erros alheios e vive obcecado pela
aparência.
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