Segunda 20/03
Ele, o que te escolheu e
te guiou de Adão a Noé,
de Noé a Abraão,
de Abraão a Isaac, a Jacó e aos patriarcas;
aquele que te conduziu ao Egito e te protegeu e sustentou,
que iluminou teu caminho com a coluna de fogo,
te ocultou sob a nuvem,
e dividiu o mar Vermelho para atravessares suas águas.
de Noé a Abraão,
de Abraão a Isaac, a Jacó e aos patriarcas;
aquele que te conduziu ao Egito e te protegeu e sustentou,
que iluminou teu caminho com a coluna de fogo,
te ocultou sob a nuvem,
e dividiu o mar Vermelho para atravessares suas águas.
Que dispersou teu
inimigo,
te deu o maná do alto,
e a água da pedra.
te deu o maná do alto,
e a água da pedra.
Que te deu a Lei em
Horeb,
e te fez herdar a terra,
que te enviou os profetas.
e te fez herdar a terra,
que te enviou os profetas.
Verdadeiramente é amarga
conforme está escrito:
"Comereis pães
ázimos com ervas amargas".conforme está escrito:
"Comereis pães
Amargos para ti os cravos que afiaste,
amarga a língua que aguçaste,
amargas as falsas testemunhas que propuseste,
amargas as cordas que preparaste.
amargos os açoites que descarregaste,
amargo para ti foi Judas, a quem pagaste,
amargo Herodes a quem obedeceste,
amargo Caifás, em quem confiaste,
amargo o fel que ofereceste,
o vinagre que cultivaste,
amargos os espinhos que ajuntaste,
amargas as mãos que ensangüentaste.
Entregaste teu Senhor à
morte, no meio de Jerusalém...
O triunfo de Cristo
Ele, o Senhor, revestido do homem,
padecente pelo homem que sofria,
atado pelo homem prisioneiro,
julgado em prol do culpado,
sepultado pelo que jazia na terra,
ressurgiu dentre os mortos e clamou em alta voz (Melitão de sardes)
Ele, o Senhor, revestido do homem,
padecente pelo homem que sofria,
atado pelo homem prisioneiro,
julgado em prol do culpado,
sepultado pelo que jazia na terra,
ressurgiu dentre os mortos e clamou em alta voz (Melitão de sardes)
Texto Bíblico: Jo 13,1-15
Meu
amado retirante e internauta graças a Deus estamos avançando em águas profundas. As águas profundas da
páscoa de Cristo. Uma pergunta deverá guiar a nossa meditação pascal. Como
aconteceu a passagem d instituição pascal do Antigo Testamento para o Novo
testamento? É longa a história, é complexa a resposta. Mas vamos ao essencial.
A fórmula paulina que inspirou o nosso retiro de 2017 é :“Cristo, nossa páscoa, foi imolado (1Cor
5,7-8). O texto indica a certeza da imolação
pascal de Cristo como evento histórico. Esse evento a Igreja atualiza na ceia
pascal.
Não
de pode mais celebrar a páscoa no estilo antigo, porque o seu conteúdo é novo,
completamente novo (Cristo, nossa páscoa). Passou o homem velho, chegou o homem
novo em Cristo, verdadeiro Deus, verdadeiro homem (BERGAMINI, p. 251). A páscoa
de Cristo cumpre plenamente o que a páscoa hebraica pré-anunciava. “De fato, a
páscoa cristã afunda suas raízes na grande tradição bíblica, onde a Páscoa
cristã está ligada ao evento fundante da experiência religiosa do povo de Deus:
o êxodo e a aliança” ( BERGAMINI, p. 251).
Os
evangelhos sinóticos vêem o cumprimento da antiga páscoa no Novo no momento da
ceia, na qual Jesus institui a eucaristia como ceia pascal da nova aliança. O ponto
de enxerto da nova pascoa na antiga é a ceia pascal (Mt 26,17ss; Mc 14,12ss; lc
22,7ss) (BERGAMINI, P. 252) A ceia de
Jesus antecipa e torna presente
sacramentalmente o mistério da sexta feira santa.
Celebrando a última ceia com os seus Apóstolos, no decorrer do
banquete pascal, Jesus deu o seu
sentido definitivo à Páscoa judaica. Com efeito, a passagem de Jesus
para o seu Pai, pela sua morte e ressurreição – a Páscoa nova – é antecipada na ceia e celebrada na
Eucaristia, que dá cumprimento a
Páscoa judaica e antecipa a Páscoa final da Igreja na glória do Reino
(CIC, 1340).
O
santo Evangelista São João explicando, por assim dizer, a nós este nome de
páscoa, que traduzido para o Latim significa “passagem’, disse: ‘No dia antes da “Páscoa’, Jesus sabendo que
havia chegado a hora de “passar’ deste mundo ao Pai... Eis a passagem! Do que e
para que! Deste mundo para o Pai (Santo Agostinho).
Neste
texto temos o equilíbrio e a síntese
entre paixão e passagem, entre a páscoa de Deus e a páscoa do homem,
entre a paixão e ressurreição do Senhor, entre a páscoa litúrgica e sacramental
e a páscoa moral ascética. O Novo Testamento contém uma explicação do nome
páscoa. “Há ainda quem se opõe, mas
depois de Agostinho, por toda a Idade Média, esta definição preferida: Passagem
de Jesus deste mundo ao Pai”. (CANTALAMESSA, p.
Mas
como Jesus passou? Através da Gloriosa
paixão, morte e ressurreição. Não se pode separar a morte gloriosa do esplendor
da ressurreição. O crucificado é o Senhor dos vivos e dos mortos. Estive morto,
mas agora vivo. Foi através de sua paixão gloriosa que Jesus chegou a glória da
ressurreição. É o coração da teologia de João e de Todo o Novo testamento. “através
da paixão, escreve Agostinho, o senhor passou da morte a vida’. “Para João a nova Páscoa nasce no calvário, onde
Jesus é imolado como cordeiro pascal e precisamente na hora em que no
templo eram imolados os cordeiros que seriam consumidos na ceia pascal. Jesus
morre como novo e verdadeiro cordeiro pascal (Jo 19,30.33.36; Ex 12,10.46)
(CANTALAMESSA, p. 252).
No
caminho de Emaús o ressuscitado abre a mente e o coração dos discípulos para a
compreensão do seu novo estado, antes de kenotico, mas agora de glorioso. “Não
era preciso que o Cristo suportasse esses sofrimentos para entrar na sua glória?
(Lc 24,26). É necessário passar por muitas tribulações para entra no Reino de
Deus (At 14,22).
Páscoa de Deus e páscoa do homem:
É apenas Jesus que faz páscoa? Não. Toda a humanidade faz páscoa com ele, pois ele no mistério da encarnação
se uniu a cada pessoa e cada pessoa se uniu a Ele pelo vinculo do Espirito
Santo. Estupenda síntese de Agostinho. Páscoa de cristo cabeça da Igreja
e páscoa do corpo. “na cabeça, prossegue o texto supracitado, uma esperança foi
dada aos membros de seguir com certeza a ele que passou”. Já é realidade,
mas esperança em grau elevado, pois o acontecido já em cristo e em nós na
esperança ainda não plenamente, a sua plenitude é no céu. Já se vive na fé e concretamente em cada
sacramento é mistério de páscoa, particularmente o batismo e a eucaristia, e memorial
desta passagem. ‘na paixão e na ressurreição é consagrada nossa passagem da
morte para a vida’. A passagem de Jesus não é uma passagem solitária, mas
coletiva, toda a humanidade passa para o pai com Ele e nele. “Depois da páscoa
não estarei mais só. Muitos me seguirão muitos me imitarão. Se o grão de trigo
(não cai não terra..”.
Agora
em vista do depois: “Presentemente, nós realizamos esta passagem por meio da fé
que nos obtém o perdão dos pecados e a esperança da vida eterna se, porém,
amamos a Deus e o próximo”. Páscoa passar para aquilo que não passa.
Meditando com a Palavra:
DOM DE AMAR ATÉ O FIM. Tendo amado os seus, o
Senhor amou-os até ao fim.
Sabendo que era chegada a hora de partir deste mundo para regressar ao Pai. (Jo
13,1).
Concretamente
tenho correspondido ao amor do Senhor
manifestado aos irmãos com palavra de ternura, com atos de verdade, com atitude
de compaixão na hora das tribulações, com perseverança e fidelidade a cada dia até chegar a hora de minha páscoa?
DOM
DO AMOR sem medida: Jesus no decorrer duma refeição lavou-lhes os pés e
deu-lhes o mandamento do amor Para lhes
deixar uma garantia deste amor, para jamais se afastar dos seus e para os
tornar participantes da sua Páscoa.
Tenho
correspondido ao mandamento do amor servindo os irmãos e assumindo As alegrias e as esperanças, as tristezas e as
angústias dos homens de hoje, sobretudo dos pobres e de todos aqueles que
sofrem, que são também as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias
dos discípulos de Cristo? 0GS,1).
DOM
DO SACERDOTE e da eucaristia: instituiu
a Eucaristia como memorial da sua morte e da sua ressurreição, e ordenou aos
seus Apóstolos que a celebrassem até ao seu regresso, «constituindo-os, então,
sacerdotes do Novo Testamento”. A nossa liturgia Nossa liturgia: é fonte de vida espiritual para os
fiéis? Para nós? • A liturgia faz viver: o perdão invocado, a Palavra de Deus
escutada, a ação de graças elevada, a Eucaristia recebida como comunhão. Sou
dom eucarístico para os meus irmãos?
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