Terça 21/03 - CRISTO MORREU PELOS NOSSOS PECADOS: PÁSCOA DA GLORIOSA PAIXAO (1COR 15,3-4).
Caros retirantes e internautas, nós estamos
avançando no mistério da páscoa de Cristo. Cristo passou deste mundo para o
Pai, eis a sua páscoa e com Ele toda a humanidade, eis a nossa páscoa. Aqui
O apostolo Paulo condensa o Mistério pleno da páscoa. Recebe e transmite. No VI
século após a morte do redentor,integrando com outro texto Rom 4,25.: “Cristo
morreu pelos nosso pecados e ressuscitou para nossa justificação”. Pela
fórmula do Credo se distingue sem separar os dois planos: o histórico (Jesus
crucificado e morto) e o da fé (estado glorioso do crucificado).Não temas! Eu
sou o primeiro e o último, o vivente; estive morto, mas eis que estou vivo pelo
séculos do séculos (Ap 1,17s). É a partir de Jesus ressuscitado que o antes de
Jesus de Nazaré e o depois no tempo da Igreja tem significado. Sem a ressurreição a nossa fé é
vã (1Cor 15,14).
O Plano do Mistério ou do Morreu ‘por nós”: , enraíza-s na
história como intervenção de Deus na história, e , portanto, o evento histórico
é o seu conteúdo. Jesus passou por este, foi visto crucificado, mas se
manifestou vivo aos seus seguidores. O evento pascal é histórico , porque Jesus
é histórico,mas é mistério de fé. Foi visto ressuscitado.
Jesus tem consciência e vai crescendo
nela que vai “morrer pelos pecados de
muitos’ e a sua consciência faz parte da história bem como o “ser Filho de Deus’. Há quem
negue o Mistério pascal e a morte redentora do Senhor. Mas nós testemunhamos.
João testemunha o Mistério pascal antes
de dizer que Jesus morreu “pelos nossos
pecados’, diz que morreu por amor; “depois
e ter amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim” (Jo 13,1).
Veja outros textos (Gl 2,2. Ef 5,2).
Jesus é o Senhor. Seu senhorio sobre nós é proclamado no
Espirito Santo. Ele interioriza, difunde e presentifica Jesus na Igreja, no
mundo e em nós Jesus em nós.
Síntese
maravilha do Raniero: ‘a fé pascal do cristão exige, pois, que se
creia conjuntamente nestas três coisas:
primeiro, que Jesus realmente morreu e ressurgiu; segundo, que morreu pelos
nosso pecados e ressurgiu pela nossa justificação; terceiro, que ele morreu
pelos nosso pecados, sabendo que morria pelos nosso pecados; que morreu por amor,
nem forçado nem por acaso (CANTALAMESSA, P.
11”Morto
pelos nosso pecados”: Santo Agostinho escreve: Não é grande coisa
crer que Jesus morreu. Isto até os pagãos crêem. A fé dos cristãos é a ressurreição de Cristo. Isto, sim que é grande
coisa: crer que ele ressuscitou (Santo Agostinho). Não se trata de valorizar um
mistério – a ressurreição em detrimento do outro – a morte. Ela empenha mais e
é mais compreensiva. Ressuscitou o Senhor é porque antes morreu.
Ao aproximar-se de grande Mistério
doloroso convém que seja no silencio Orante. A sexta feira santa é o grande dia
do silencio em honra a gloriosa paixão de Cristo. Raniero não deseja evidenciar
a morte física de Jesus, mas a espiritual. A morte do coração precede e dá
significado á morte do corpo. Ela encontra seu momento culminante na agonia de Jesus no Getsemani: “a minha alma está triste até a morte
(Mc 14,34). Em razão de sua importância temos em outros ( Hb 5,7-8).
Assinala o ponto mais baixo “na passagem de Jesus deste do mundo para o Pai’ É O grande
abismo fala o salmo 36,7). Não é
somente humano este mistério, mas divino. Aproximemos dele com humildade e
contrição.
Interpretação
do Getsemani: Voltemos atenção para Jesus agonizando ao
dizer: Contudo, não aquilo que EU quero, mas aquilo que TU queres (Mc 14,36).
Quem diz o sim e a quem diz. O Eu que é a do verbo encarnado que tem em comum
uma única vontade com o pai e o espírito santo, mas a sua vontade humana conforma-se a Deus. Ele passa pelo sofrimento
para mostrar-se em tudo semelhante a nós, instruir-senos e edificar-nos (Escola
Alexandrina).
Interpretação
da escola antioquena: os autores desta escola percebem uma
correspondência entre o Jardim do Getsemani e o jardim do Éden. O pecado inicia
com a desobediência, a redenção com a obediência do filho de deus, homem
verdadeiro. “Como pela obediência de uns só, muitos se tornaram pecadores,
assim também, pela obediência de um só, muitos se tornarão justos (Rm 5,19) É O
homem Jesus que obedece a Deus! Mas tal interpretação tem seu limites. Jesus
parece mais um modelo sublime de obediência do que uma “causa intrínseca de salvação’ (Hb 5,9).
Criptologia
de São Máximo: Quem é aquele “eu’, e quem é aquele “tu” da oração de Jesus no Getsemani1 O “eu’ é o verbo que fala,
porém, em nome da vontade humana livre que assumiu; o “tu’ é a vontade trinitária,
que o Verbo tem em comum com o Pai.
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