QUE SIGNIFICA ESTE RITO E ESTA PASSAGEM: Duas faces da páscoa: A Páscoa de Deus e páscoa do homem (10 DE MARCO)
Meus
amados retirantes e internautas a presente meditação é continuidade da
anterior, a nossa divisão em pequenas porções é seguindo a linha histórica da
salvação até a sua plenitude (Gal 4,4). Os antigos celebravam a páscoa com um
rito e uma passagem (livro do Êxodo), Jesus celebrou a páscoa com rito e
passagem (Jo 13), a Igreja celebra a páscoa com rito e passagem. Portanto,
páscoa significa celebrar um rito fazendo uma passagem. É belo contemplar todo
o evento da salvação integral. “O rito pascal ,tanto no Antigo como no Novo testamento, está intimamente
ligado à páscoa histórica, da qual é memorial eficaz, presença real da salvação
e anuncio do seu cumprimento definitivo (páscoa eterna) (AUGUSTO BERGAMINI,
p.317). coragem , vamos meditar e fazer páscoa.
Á
pergunta: Que significa este Rito”!
segundo o Antigo testamento (AT) são dadas duas respostas diversas, embora
complementares ( a páscoa de Deus e a páscoa do homem). A explicação mais
antiga diz, a festa da páscoa, recorda em primeiro lugar , A PASSAGEM DE DEUS. O senhor faz páscoa, ou seja, a passagem salvifica do senhor na noite da saída do
Egito para libertar o povo. Este tema é central na experiência histórica e na
reflexão do povo de Israel. É o credo do povo eleito (cf. Dt26,5-9) O povo não
somente diz o que Deus “é”, mas faz a experiência. Experiência que vai
acompanhar toda a peregrinação embora em alguns momentos No dizer de alguém hoje “encontrei Jesus
cristo”. O Deus que passou para libertar continua passando hoje. Estou atentos
aos seus sinais!tenho medo da graça que passa....santo Agostinho. O termo
“páscoa” indica a ação de deus que “passou sobre’, no sentido de que salta ou
resguarda, ou protege as casas dos hebreus, enquanto são destruídos seus inimigos (Ex 12,26s)
(RANIERO CANTLAMESSA, p. 6).
Os
fatos são conhecidos. O povo encontrava-se em situação deescravidão no Egito,
sem qualquer possibilidade de livrar-se. É grava a situação de opressão de todo
tipo (Ex,1,8-14). Deus passa nesta situação
intervindo em favor do povo (Ex 3,7-14). Liberta com colaboradores e
mediante uma serie de acontecimentos providenciais (nascimento, juventude, fuga
e vocação de Moisés) e “sinais e prodígios” (as dez pragas, a passagem do anjo
exterminador). O senhor deseja um povo livre e por faz passar da escravidão do faraó ao serviço de javé”. Quais são s
escravidões do povo hoje que continua oprimindo o novo povo de Deus.
Para
que Deus passa! Passa para libertar. Sem Deus nossa vida se torna escrava de
muitos ídolos. Meu caro Deus quer passar em sua vida e lhe salvar hoje. Salvar de todo tipo de opressão. Deus
continua passando para lhe proteger, para lhe salvar. Mas é necessário passar
com Deus, ou seja, deixar o pecado que oprime e seguir Deus que liberta e
salva. É freqüente o grito e a suplica do povo Senhor, tende piedade de nós.
A PÁSCOA DO HOMEM – (cf. Dt 16 E Ex
13-15):
Nestes
textos a atenção se volta não para a
imolação do cordeiro, mas para o da saída do povo do Egito, visto que a páscoa como passagem da Escravidão para a
libertação. Antes povo escravo, agora em Deus povo livre. Mas o
povo não passa sozinho, não se liberta sozinho, não é livre sozinho. É dependente de Deus como uma criança
do Pai. O Êxodo culmina com a aliança do Sinai, ao receber a lei fonte de vida
e de verdadeira libertação. Trata-se de uma libertação religiosa, mas também
política e social, pois a fé tem implicação com as causas sociais. Toda a
escritura vai fazer memora: ‘Deixa ir
livre o meu povo para que me sirva’ (Ex 4,23; 5,1). Esta dupla interpretação
percorre a Escritura: a páscoa de Deus e a páscoa do homem em dependência
Deus ao criador e libertador. Ninguém faz páscoa sozinho (RANIERO
CANTALAMESSA,p 6).
No TEMPO DE JESUS: No Judaísmo oficial palestinense á
sombra do templo e do sacerdócio hebraico, predomina
a interpretação da páscoa como passagem de Deus. No poema das quatro noites (Noite da criação,
da da sacrifício de Abraão, da libertação, do crucificado) em tal texto, a
páscoa é descrita como a noite em que
Deus se manifestou contra os egípcios e protegeu os primogênitos de Israel (Ex
12,42). Neste ambiente – que foi o de Jesus
– a páscoa apresenta um aspecto fortemente ritual e sacrificial: sacrifício e
consumação do cordeiro em família. No Judaísmo helenístico, ou da diáspora predomina a
perspectiva da páscoa tendo como protagonista o homem. O evento histórico é a
passagem do povo do Mar vermelho,
mas o sentido alegórico (o fato em si) evidenciado do evento sede lugar a outro
mais significativo (na existência concreta) que consiste na a passagem do
homem da Escravidão `a liberdade, dos vícios a virtude (p.8).
“Propriamente falando, a páscoa significa a
passagem de toda paixão para o que é inteligível e divino” (Filon de
Alexandria). A peregrinação deste povo inicia com o Pai Abrão e conclui conosco
novo povo de Deus que peregrina nas estradas de Jesus. Nossa pátria é o céu (cf.1Pd 2,11;Hb 11,13) RANIERO CANTALAMESSA, p. 7)
Se
a páscoa é essencialmente a passagem dos
vícios a virtude, ela terá por sujeito o homem, e não Deus. É o homem quem
tem que passar. Sair do pecado. Romper com o velho homem para nascer o novo
homem. Mas nunca isso acontece apenas com o seu esforço. É preciso a graça
libertadora de Deus. “Como já nos profetas, o apelo de Jesus á conversão, é a
penitencia não visa em primeiro lugar as obras externas... mas A conversão do
coração, a penitencia interior “ (CIC, 1430) E se celebrará por uma liturgia
não apenas externa, mas interna. “como esforço contínuo e interior para o
bem’’. O cordeiro pascal a ser oferecido é o próprio cordeiro pascal. Antes da páscoa no rito a páscoa no
coração.
Continua a pergunta: quando começa a
existir uma festa cristã de páscoa! Após o evento pascal de Cristo, a
comunidade que o seguia continuava a ‘subir ao Templo’ e a celebrar a páscoa
com os judeus, mas a páscoa começa a ter memória do acontecimento histórico do
que havia acontecido em Jerusalém durante uma páscoa e como espera da volta de
Cristo. “A separação interior precedeu a separação ritual, e a festa cristã da
páscoa foi celebrada em “espírito e em
verdade’, no interior do corações dos
discípulos antes mesmo que com um rito e
uma festa própria. Daí a exortação do apostolo Paulo referindo
claramente a Cristo. ...falta...Nossos retiro deseja levar você a celebrar a
páscoa do para celebrar no rito. (1Cor 5,7). Tudo agora é novo, nova lei, novo mandamento,
homem novo em Cristo a tal ponto que Melitão de sardes diz: ‘A lei torna
Pois a Lei se converteu em Verbo,
o antigo em novo, ambos saídos de Sião, e de Jerusalém. O mandamento se converteu em dádiva, a figura em realidade, o cordeiro em Filho, a ovelha em Homem, o homem em Deus” (melitão de Sardes). A igreja herda da tradição de Israel e, mas acrescenta novo conteúdo, cristo é o evento pascal.
o antigo em novo, ambos saídos de Sião, e de Jerusalém. O mandamento se converteu em dádiva, a figura em realidade, o cordeiro em Filho, a ovelha em Homem, o homem em Deus” (melitão de Sardes). A igreja herda da tradição de Israel e, mas acrescenta novo conteúdo, cristo é o evento pascal.
Medite com a palavra; (Êxodo 15. 1-27)
1. Então Moisés e os
israelitas entoaram em honra do Senhor o seguinte cântico: “Cantarei ao Senhor,
porque ele manifestou sua glória. Precipitou no mar cavalos e cavaleiros.
2. O Senhor é a minha
força e o objeto do meu cântico; foi ele quem me salvou. Ele é o meu Deus – eu
o celebrarei; o Deus de meu pai – eu o exaltarei.
3. O Senhor é o herói dos
combates, seu nome é Javé.
4. Lançou no mar os carros
do faraó e o seu exército; a elite de seus combatentes afogou-se no mar
Vermelho;
5. o abismo os cobriu;
afundaram-se nas águas como pedra.
6. A vossa (mão) direita,
ó Senhor, manifestou sua força. Vossa direita aniquilou o inimigo.
7. Por vossa soberana
majestade derrotais vossos adversários; desencadeais vossa cólera, e ela os
consome como palha.
8. Ao sopro de vosso furor
amontoaram-se as águas; levantaram-se as ondas como muralha, solidificaram-se
as vagas no coração do mar.
9. Dizia o inimigo:
perseguirei, alcançarei, repartirei o despojo, satisfarei meu desejo de
vingança, desembainharei a espada, minha mão os destruirá.
10. Ao sopro de vosso
hálito o mar os sepultou; submergiram como chumbo na vastidão das águas.
11. Quem entre os deuses é
semelhante a vós, Senhor? Quem é semelhante a vós, glorioso por vossa
santidade, temível por vossos feitos dignos de louvor, e que operais prodígios?
12. Apenas estendestes a
mão, e a terra os tragou.
13. Conduzistes com bondade
esse povo, que libertastes; e com vosso poder o guiastes à vossa morada santa.
14. Ao ouvir isso,
estremeceram os povos. Um pavor imenso apoderou-se dos filisteus;
15. os chefes de Edom
ficaram aterrados; a angústia tomou conta dos valentes de Moab; tremeram de
medo todos os habitantes de Canaã.
16. Caíram sobre eles o terror
e a angústia, o poder do vosso braço os petrificou, até que tivesse passado o
vosso povo, Senhor até que tivesse passado o povo que adquiristes para vós.
17. Conduzi-lo-eis e o
plantareis na montanha que vos pertence, no lugar que preparastes para vossa
habitação, Senhor, no santuário, Senhor, que vossas mãos fundaram.
18. O Senhor é rei para
sempre, sem fim!”
19. Os cavalos do faraó,
com efeito, entraram no mar com seus carros e seus cavaleiros, e o Senhor os
envolveu nas águas, enquanto os israelitas passaram a pé enxuto o leito do mar.
20. A profetisa Maria, irmã
de Aarão, tomou seu tamborim na mão, e todas as mulheres seguiram-na dançando
com tamborins.
21. Maria as acompanhava
entoando: “Cantai ao Senhor, porque fez brilhar a sua glória, precipitou no mar
cavalos e cavaleiros!”
22. Moisés fez partir os
israelitas do mar Vermelho e os dirigiu para o deserto de Sur. Caminharam três
dias no deserto, sem encontrar água.
23. Chegaram a Mara, onde
não puderam beber de sua água, porque era amarga, de onde o nome de Mara que
deram a esse lugar.
24. Então o povo murmurou
contra Moisés: “Que havemos de beber?”
25. Moisés clamou ao
Senhor, e o Senhor indicou-lhe um madeiro que ele jogou na água. E esta
tornou-se doce. Foi nesse lugar que o Senhor deu ao povo preceitos e leis, e
ali o provou.
26. Disse-lhe: “Se ouvires
a voz do Senhor, teu Deus, e fizeres o que é reto aos seus olhos, se inclinares
os ouvidos às suas ordens e observares todas as suas leis, não mandarei sobre
ti nenhum dos males com que acabrunhei o Egito, porque eu sou o Senhor que te
cura.”
27. E chegaram a Elim, onde
havia doze fontes de água e setenta palmeiras; e ali acamparam junto das águas.
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