Oitavas de Natal

OITAVA DO NATAL DO SENHOR


As alegrias na oitava do Natal do Senhor
1. Diletos paroquianos a Igreja celebra duas oitavas, a primeira a oitava do Natal e a segunda a oitava da páscoa. Vamos nos concentrar nesta semana no profundo significado da primeira oitava, portanto, a do natal do Senhor.
 2.O anuncio do grande acontecimento do nascimento alegre  do Senhor é motivo de alegria não somente naquela noite, nem apenas nesta  oitava, mas a vida toda. O que se faz é concentrar em intensidade o grande acontecimento e desmembrar o mistério nos acontecimentos posteriores. Contemplam-se também as testemunhas do alegre acontecimento.
3. “A alegria do discípulo é antídoto frente a um mundo atemorizado pelo futuro e oprimido pela violência e pelo ódio. A alegria do discípulo não é um sentimento de bem-estar egoísta, mas uma certeza que brota da fé, que serena o coração e capacita para anunciar  a Boa Nova do amor de Deus.Conhecer Jesus é o melhor presente que qualquer pessoa pode receber; te-lo encontrado foi o melhor que ocorreu em nossas vidas, e fazê-lo conhecido com nossas palavras e á nossa alegria”. (Documento de Aparecia n,..


4. Alegria que foi anunciada no natal e chegará plenamente na na noite santa da páscoa do Senhor. “Alegria ‘ é a nota particular do ser seguidor de Jesus. Não se pode perder este dom do Senhor.
 Assim, caro irmão o melhor modo de mergulhar no profundo amor de Deus revelado na noite do natal, manifestado no verbo que se fez carne Jo1, 14 e testemunhado por tantos que o reconheceram e acolheram é meditar a liturgia, celebrar a santa liturgia e testemunhar a santa liturgia.
Convido-os filhos amados do pai, então a comigo seguir a liturgia de cada dia nas comunidades, a meditar a rica reflexão de padre Fernando Cardoso apresentado no “Pão Nosso de cada dia” ou consultar seu sait pessoal www.padrefernandocardoso.com.br
5. Tomem caros filhos, nas mãos os textos bíblicos de cada dia, tentem perceber o que as testemunhas anunciam a respeito de Jesus, que lição de vida sobre Jesus elas nos inspiram. Implore a graça do natal para continua a ser presença e testemunha do Senhor no nosso tempo. Se Jesus não nasce para você também ele não morrerá e,portanto, não ressurgira. A sua vida ficará nas trevas do pecado.
Testemunho de Santo Estevão
Contemplemos, então, as testemunhas de cada dia.
A primeira é santo Estevão. Neste primeiro dia da oitava do natal do Senhor. Confira o texto bíblico cf. Atos dos Apóstolos 6,8-10; 7, 54-59. Dele aprendemos tanto, primeiro o seu serviço aos pobres como o de Cristo que se fez pobre, se identificou com os pobres e se fez pobre cf. Mt 25. O seu serviço foi perfeito como o de Cristo, pois ele deu a vida, derramou o sangue por causa de Cristo. Ele é o primeiro que abriu o caminho do martírio, muitos também vão derramar o sangue, a vida por Cristo. Eloqüente lição. Ele imita Jesus em tudo no oferecer a vida, no oferecer o perdão na agonia, no oferecer-se e entregar-se ao Espírito Santo.
A igreja quer ilustrar com a memória deste mártir que não existe nascimento sem o mistério da dor,  da cruz,  da morte e  da ressurreição. A vinda de Cristo é causa de salvação e testemunho. Que lição Estevão deixa para você, neste natal e neste tempo de peregrinação?
Pe. Humberto

Primeira leitura
Dos Atos dos Apóstolos             6,87,1-2.44-608,1

O martírio de Estêvão
8Estêvão, cheio de graça e poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo. 9Mas alguns membros da chamada Sinagoga de Libertos, junto com sirenenses e alexandrinos, e alguns da Cilícia e da Ásia, começaram a discutir com Estêvão. 10Porém, não conseguiam resistir à sabedoria e ao Espírito com que ele falava. 11Então subornaram alguns indivíduos, que disseram: “Ouvimos este homem dizendo blasfêmias contra Moisés e contra Deus”. 12Desse modo, incitaram o povo, os anciãos e os doutores da Lei, que prenderam Estêvão e o conduziram ao Sinédrio. 13Aí apresentaram falsas testemunhas, que diziam: “Este homem não cessa de falar contra este lugar santo e contra a Lei. 14E nós o ouvimos afirmar que Jesus Nazareno ia destruir este lugar e ia mudar os costumes que Moisés nos transmitiu”.
15Todos os que estavam sentados no Sinédrio tinham os olhos fixos sobre Estêvão, e viram seu rosto como o rosto de um anjo.
7,1 O sumo sacerdote disse a Estêvão: “As coisas são mesmo assim como dizem?” 2 Ele respondeu: “Irmãos e pais, ouvi!
44 Nossos antepassados no deserto tinham a Tenda do testemunho.
Deus, falando a Moisés, mandou que construísse conforme o modelo que tinha visto. 45 Nossos pais receberam a tenda e, sob a direção de Josué, a levaram para a terra daquelas nações que Deus expulsou diante de nossos
Pais. E a tenda ficou ali até o tempo de Davi. 46 Mas Davi encontrou graça diante de Deus, e lhe pediu permissão para construir uma casa para o Deus de Jacó. 47 No entanto, foi Salomão quem construiu a casa. 48 Mas o Altíssimo não mora em casa feita por mãos humanas, conforme diz o
profeta: 49 ‘O céu é o meu trono, e a terra é o estrado dos meus pés. Que casa construireis para mim? – diz o Senhor. E qual será o lugar do meu descanso? 50 Não foi minha mão que fez todas essas coisas?’
51Homens de cabeça dura e incircuncisos de coração e ouvido! Vós sempre resististes ao Espírito Santo e como vossos pais agiram, assim fazeis vós!
52 A qual dos profetas vossos pais não perseguiram? Eles mataram os que anunciavam a vinda do Justo, do qual, agora, vós vos tornastes traidores e assassinos. 53 Vós recebestes a Lei, por meio dos anjos, e não a observastes!”
54 Ao ouvir essas palavras, eles ficaram enfurecidos e rangeram os dentes contra Estêvão. 55 Estevão, cheio do Espírito Santo, olhou para o céu e viu a glória de Deus e Jesus, de pé, à direita de Deus. 56 E disse: “Estou vendo o céu aberto, e o Filho do Homem, de pé, à direita de Deus”. 57 Mas eles, dando grandes gritos e, tapando os ouvidos, avançaram todos
juntos contra Estêvão; 58 arrastaram-no para fora da cidade e começaram a apedrejá-lo. As testemunhas deixaram suas vestes aos pés de um jovem, chamado Saulo. 59 Enquanto apedrejavam, Estêvão clamou dizendo: “Senhor Jesus, acolhe o meu espírito”. 60 Dobrando os joelhos,
gritou com voz forte: “Senhor, não os condenes por este pecado”.  E ao dizer isto, morreu.
8,1 Saulo era um dos que aprovavam a execução de Estêvão.

Responsório             Cf. At 7,55

R. Estêvão viu os céus se abrirem e entrou;
*Feliz é este homem, para o qual os céus se abriram!
V. Ao fragor daquelas pedras, qual violenta tempestade,
que arrastava o santo mártir, refulgiu dos altos céus,
para ele a Luz divina * Feliz.

Segunda leitura
Dos sermões de São Fulgêncio de Ruspe, bispo
(Sermo 3,1-3.5-6:CCL 91 A, 905-909)                   (Séc. VI)
As armas da caridade
Ontem, celebrávamos o nascimento temporal de nosso Rei eterno; hoje celebramos o martírio triunfal do seu soldado.
Ontem o nosso Rei, revestido de nossa carne e saindo da morada de um seio virginal, dignou-se visitar o mundo; hoje o soldado, deixando a tenda de seu corpo, parte vitorioso para o céu.
O nosso Rei, o Altíssimo, veio por nós na humildade, mas não pôde vir de mãos vazias. Trouxe para seus soldados um grande dom, que não apenas os enriqueceu imensamente, mas deu-lhes uma força invencível no combate: trouxe o dom da caridade que leva os homens à comunhão com Deus.
Ao repartir tão liberalmente o que trouxera, nem por isso ficou mais pobre: enriquecendo do modo admirável a pobreza dos seus fiéis, ele conservou a plenitude dos seus tesouros inesgotáveis.
Assim, a caridade que fez Cristo descer do céu à terra, elevou Estevão da terra ao céu. A caridade de que o Rei dera o exemplo logo refulgiu no soldado.
Estêvão, para alcançar a coroa que seu nome significa, tinha por arma a caridade e com ela vencia em toda parte. Por amor a Deus não recuou perante a hostilidade dos judeus, por amor ao próximo intercedeu por aqueles que o apedrejavam. Por esta caridade, repreendia os que estavam no  erro para que se emendassem, por caridade orava pelos que o apedrejavam para que não fossem punidos.
Fortificado pela caridade, venceu Saulo, enfurecido e cruel, e mereceu ter como companheiro no céu aquele que tivera como perseguidor na terra.  Sua santa e incansável caridade queria conquistar pela oração, a quem não pudera converter pelas admoestações.
E agora Paulo se alegra com Estêvão, com Estêvão frui da glória de Cristo, com Estêvão exulta, com Estêvão reina. Aonde Estêvão chegou primeiro, martirizado pelas pedras de Paulo,  chegou depois Paulo, ajudado pelas orações de Estevão.
É esta a verdadeira vida, meus irmãos, em que Paulo não se envergonha mais da morte de Estêvão, mas Estevão se alegra pela companhia de Paulo, porque em ambos triunfa a caridade. Em Estêvão, a caridade venceu a crueldade dos perseguidores, em Paulo, cobriu uma multidão de pecados; em ambos, a caridade mereceu a posse do reino dos céus.
A caridade é a fonte e origem de todos os bens, é a mais poderosa defesa, o caminho que conduz ao céu.  Quem caminha na caridade não pode errar nem temer.  Ela dirige, protege, leva a bom termo.
Portanto, meus irmãos, já que o Cristo nos deu a escada da caridade pela qual todo cristão pode subir ao céu, conservai fielmente a caridade verdadeira, exercitai-a uns para com os outros e, subindo por ela, progredi sempre mais no caminho da perfeição...

Liturgia das Horas: Tempo do Natal,Oitavas de Natal

Segunda testemunha – João evangelista
O segundo testemunho é o de São João Evangelista neste  segundo dia da oitava do natal , pois é ele quem mais aprofunda o mistério do amor de Deus revelado em Jesus Cristo.  Anuncia o Mistério do Verbo de Deus que assume a natureza humana. “O que estava estabelecido desde o principio – o que vimos com nossos olhos, o que ouvimos com nossos ouvidos, o que as nossas mãos apalparam a respeito do Verbo da Vida – é isto que vos anunciamos, para que a vossa alegria seja plena, e a nossa comunhão seja total ‘ ( prólogo da primeira carta”).
De fato, podemos nos apropriar deste testemunho e dizer que a experiência de são João não é graça e privilegio somente para o seu tempo, mas para todos os homens e em todos os tempos. Caso contraria o mistério da encarnação não teria sentido e significado salvifico. Uma vez que o Verbo de Deus desceu do céu e assumiu a natureza humana, os homens subiram ao céu participando da natureza divina do Verbo. Após a ressurreição Jesus Cristo, Ele parte para o céu para junto do Pai, mas ao mesmo tempo permanece conosco. “Jesus agora vive junto de vós, - Ó Pai, mas ao mesmo tempo ele está aqui conosco” (oração eucarística com crianças).
 De fato, Ele subiu aos céus sem deixar de estar presente na sua humanidade no meio de nós. “Jesus Cristo, que morreu que ressuscitou que está à direita de Deus, que intercede por nós» (Rm 8, 34), está presente na sua Igreja de múltiplos modos : na sua Palavra, na oração da sua Igreja, «onde dois ou três estão reunidos em Meu nome» (Mt 18, 20), nos pobres, nos doentes, nos prisioneiros (201), nos seus sacramentos, dos quais é o autor, no sacrifício da missa e na pessoa do ministro. Mas está presente «sobretudo sob as espécies eucarísticas» CIC N. 1373.
Para perceber a sua presença, não bastam os olhos da carne, pois nós não somos apenas carne, mas precisamos dos olhos da fé que ilumina toda a realidade humana. Sem a fé não se agrada a Deus (Hb 11).
Vamos implorar o dom da fé para contemplar os acontecimentos com um novo olhar profundo e na profundidade do amor de Deus e  na simplicidade da manjedoura.
         Continua a pergunta que lição João evangelista me inspira nesta natal? medite a beleza fascinadora do texto de santo Agostinho.

A Palavra da Vida e a luz de Deus
1,1 O que era desde o princípio, o que nós ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que contemplamos e as nossas mãos tocaram da Palavra da Vida, 2 – de fato, a Vida manifestou-se e nós a vimos, e somos testemunhas, e a vós anunciamos a Vida eterna, que estava junto do Pai e que se tornou visível para nós – 3 isso que vimos e ouvimos, nós vos anunciamos, para que estejais em comunhão conosco. E a nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho, Jesus Cristo. 4 Nós vos escrevemos estas coisas para que a nossa alegria fique completa. 5 A mensagem, que ouvimos de Jesus Cristo e vos anunciamos, é esta: Deus é luz e nele não há trevas.
6 Se dissermos que estamos em comunhão com ele, mas andamos nas trevas, estamos mentindo e não nos guiamos pela verdade. 7 Mas, se andamos na luz, como ele está na luz, então estamos em comunhão uns com os outros, e o sangue de seu Filho Jesus nos purifica de todo o pecado.
8 Se dissermos que não temos pecado, estamo-nos enganando a nós mesmos, e a verdade não está dentro de nós.       9 Se reconhecermos nossos pecados, então Deus se mostra fiel e justo, para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda a culpa. 10 Se dissermos que nunca pecamos, fazemos dele um mentiroso e a sua palavra não está dentro de nós.
2,1 Meus filhinhos, escrevo isto para que não pequeis. No entanto, se alguém pecar, temos junto do Pai um Defensor: Jesus Cristo, o Justo. 2 Ele é a vítima de expiação pelos nossos pecados, e não só pelos nossos, mas também pelos pecados do mundo inteiro.
3 Para saber que o conhecemos, vejamos se guardamos os seus mandamentos.

Responsório             1Jo 1,2.4; Jo 20,31

R. Anunciamos a vida eterna, que estava junto do Pai 
e em nosso meio apareceu:
estas coisas vos escrevemos 
para que em vós esteja a alegria.
* E seja plena a vossa alegria.
V. Estes sinais foram escritos, para que vós creiais
que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus;
e, crendo, tenhais a vida em seu nome. * E seja plena.

Segunda leitura
Dos Tratados sobre a Primeira Carta de São João, de Santo Agostinho, bispo
(Tract. 1,1.3: PL 35, 1978.1980)            (Séc. V)

A vida se manifestou em nossa carne
O que era desde o princípio, o que nós ouvimos, o que vimos com os nossos olhos e as nossas mãos tocaram da Palavra da Vida (1Jo 1,1). Quem poderia tocar a Palavra com suas mãos, a não ser porque a Palavra se fez carne e habitou entre nós? (Jo 1,14).
A Palavra que se fez carne para ser tocada com as mãos, começou a ser carne no seio da Virgem Maria; mas não foi então que a Palavra começou a existir porque, diz João, ela era desde o princípio. Vede como sua Carta é confirmada pelas palavras do seu Evangelho, que acabais de escutar: No princípio era a Palavra, e a Palavra estava junto de Deus (Jo 1,1).
Alguns talvez julguem que a expressão Palavra da Vida designe de modo geral a Cristo e não o próprio Corpo de Cristo que foi tocado pelas mãos. Reparai no que vem em seguida: E a Vida manifestou-se (1Jo 1,2). Por conseguinte, Cristo é a Palavra da Vida.
E como se manifestou esta Vida? Ela existia desde o início, mas não tinha se manifestado aos homens; manifestara-se aos anjos que a contemplavam e se alimentavam dela como de seu pão. E o que diz a Escritura? O homem se nutriu do pão dos anjos (Sl 77,25).
Portanto, a Vida se manifestou na carne, para que, nesta manifestação, aquilo que só o coração podia ver, fosse visto também com os olhos, e desta forma curasse os corações. De fato, o Verbo só pode ser visto com o coração, ao passo que a carne pode ser vista também com os olhos corporais. Éramos capazes de ver a carne, mas não éramos capazes de ver a Palavra. Por isso, a Palavra se fez carne que nós podemos ver, para curar em nós o que nos torna capazes de vê-la.
E somos testemunhas, diz João, e vos anunciamos a Vida eterna, que estava junto do Pai e que se tornou visível para nós (1Jo 1,2), isto é, que se manifestou entre nós ou, falando mais claramente, nos foi manifestada.
Isso que vimos e ouvimos, nós vos anunciamos (1Jo 1,3). Prestai atenção: Isso que vimos e ouvimos, nós vos anunciamos. Eles viram o próprio Senhor presente na carne, ouviram da boca do Senhor suas palavras e no-las anunciaram. E nós ouvimos certamente, mas não vimos.
Somos, por isso, menos felizes do que eles que viram e ouviram? Por que então acrescenta: Para que estejais em comunhão conosco? (1Jo 1,3). Eles viram, nós não vimos e, contudo, estamos em comunhão com eles porque temos uma fé comum.
E a nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho, Jesus Cristo. Nós vos escrevemos estas coisas, diz João, para que a vossa alegria fique completa (1Jo 1,4). Essa alegria completa encontra-se na mesma comunhão, na mesma caridade, na mesma unidade.
Terceira testemunha os santos inocentes
O terceiro testemunho é mistério que desconcerta qualquer pessoa. O sangue dos inocentes é derramado por causa de Cristo. Ainda os pequenos não falam e dão testemunho eloqüente do senhor. Este terceiro dia da alegria do natal. Dia da alegria na oitava do senhor e, no entanto através do derreamento de sangue dos inocentes. ’Estas crianças morrem pelo Cristo, sem saberem, enquanto seus pais choram os mártires que morrem. Cristo faz suas legitimas testemunhas aqueles eu ainda não falam. Eis como reina aquele que veio para reinar.  Eis como já começa a conceder  a liberdade aquele  que veio para libertar, e a Dara a salvação aquele que veio para salvar..ó imenso dom da graça “ Dos sermos de São Quodvuledus, bispo, séc. V. Que mistério! Por que! Tem acontecimentos, e este é um que não temos resposta! O porque permanece na garganta entalado! Mais uma vez eu repito não acontece natal sem a cruz do senhor e a cruz do senhor é cega sem o mistério da ressurreição.  Tal ato já anuncio o itinerário do senhor,  começa o caminho do calvário, da Virgem e de José, o justo.
‘ A fuga para o Egito e o massacre dos Inocentes (242) manifestam a oposição das trevas à luz: «Ele veio para o que era seu e os seus não O receberam» (Jo 1, 11). Toda a vida de Cristo decorrerá sob o signo da perseguição. Os seus partilham-na com Ele (243). O seu regresso do Egito (244) lembra o Êxodo (245) e apresenta Jesus como o libertador definitivo”. CIC n, 530 Que lições de vida você tira para a sua fé. Quem sabe proteger mais os pequenso e nunca escandalizar.
Pe. Humberto
Matança dos meninos hebreus no Egito
Naqueles dias, 8 surgiu um novo rei no Egito, que não tinha conhecido José, 9 e disse ao seu povo: “Olhai como o povo dos filhos de Israel é mais numeroso e mais forte do que nós. 10 Vamos agir com prudência em relação a ele, para impedir que continue crescendo e, em caso de guerra, se una aos nossos inimigos, combata contra nós e acabe por sair do país”. 11 Estabeleceram inspetores de obras, para que o oprimissem com trabalhos penosos; e foi assim que ele construiu para o Faraó as cidades-entrepostos de Pitom e Ramsés. 12 Mas, quanto mais o oprimiam, tanto mais se multiplicava e crescia. 13 Obcecados pelo medo dos filhos de Israel, os egípcios impuseram-lhes uma dura escravidão.       14 E tornaram-lhes a vida amarga pelo pesado trabalho da preparação do barro e dos tijolos, com toda a espécie de trabalhos dos campos e outros serviços que os levavam a fazer à força.
15 O rei do Egito disse às parteiras dos hebreus, uma das quais se chamava Sefra e a outra Fua: 16 “Quando assistirdes as mulheres hebréias, e chegar o tempo do parto, se for menino, matai-o, se for menina, deixai-a viver”. 22 Então, o Faraó deu esta ordem a todo o seu povo: “Lançai ao rio Nilo todos os meninos hebreus recém-nascidos, mas poupai a vida das meninas”.


Responsório             Is 65,19; Ap 21,4.5
R. Eu me alegro com meu povo:
* Não mais serão ouvidos os soluços e os gemidos
nem os
 gritos de aflição.
V. Nunca mais haverá morte, nem clamor, nem luto ou dor;
eu renovo as coisas
 todas. * Não mais.

Segunda leitura
Dos Sermões de São Quodvultdeus, bispo
(Sermo 2 de Symbolo: PL 40,655)            (Séc. V)

Ainda não falam e já proclamam Cristo
Nasceu um pequenino que é o grande Rei. Os magos chegam de longe e vêm adorar, ainda deitado no presépio, aquele que reina no céu e na terra. Ao anunciarem os magos o nascimento de um Rei, Herodes se perturba e, para não perder o seu reino, quer matar o recém-nascido. No entanto, se tivesse acreditado nele, poderia reinar com segurança nesta terra e para sempre na outra vida.
Por que temes, Herodes, ao ouvir que nasceu um Rei? Ele não veio para te destronar, mas para vencer o demônio. Como não compreendes isso, tu te perturbas e te enfureces; e, para que não escape o único menino que procuras, tens a crueldade de matar tantos outros.
Nem as lágrimas das mães nem o lamento dos pais pela morte de seus filhos, nem os gritos e gemidos das crianças te comovem. Matas o corpo das crianças porque o medo matou o teu coração; e julgas que, se conseguires teu propósito, poderás viver muito tempo, quando precisamente é a própria Vida que queres matar.
Aquele que é a fonte da graça, pequenino e grande ao mesmo tempo, reclinado num presépio, apavora o teu trono. Por meio de ti, e sem que saibas, realiza os seus desígnios e liberta as almas do cativeiro do demônio. Recebe como filhos adotivos os filhos dos que eram seus inimigos.
Essas crianças morrem pelo Cristo, sem saberem, enquanto seus pais choram os mártires que morrem. Cristo faz suas legítimas testemunhas aqueles que ainda não falam. Eis como reina aquele que veio para reinar. Eis como já começa a conceder a liberdade aquele que veio para libertar, e a dar a salvação aquele que veio para salvar.
Tu, porém, Herodes, ignorando tudo isto, te perturbas e te enfureces; e enquanto te enfureces contra o Menino, já lhe prestas homenagem, sem o saberes. Ó imenso dom da graça! Que méritos tinham aquelas crianças para obterem tal vitória? Ainda não falam e já proclamam o Cristo. Não podem ainda mover os membros para a luta e já ostentam a palma da vitória.

Continua a anunciar O Evangelista do natal
Aproximando a conclusão do novo, neste dia 29 de dezembro na oitava do natal a liturgia volta-se para o essencial na vida crista. O amor a Deus e o amor ao próximo. Jesus une as duas realidades com o mistério da encarnação sem nunca separar. “O Verbo fez-Se carne, para que assim conhecêssemos o amor de Deus: «Assim se manifestou o amor de Deus para conosco: Deus enviou ao mundo o seu Filho Unigénito, para que vivamos por Ele» (I Jo 4, 9). «Porque Deus amou tanto o mundo, que entregou o seu Filho Unigénito, para que todo o homem que acredita n'Ele não pereça, mas tenha a vida eterna» (Jo 3, 16). CIC 458.
Como saberei se amo a Deus de fato e de verdade, a resposta é imediata, amando o próximo. O evangelista também responde,  observando os mandamentos que se resume nos amor vertical e no amor horizontal.
         Ninguém que contemplou o mistério do amor de Deus no natal e nas páscoa pode ficar indiferente aos pobres. Toda a Encíclica do papa “Deus caritas est” discorre sobre o dinamismo do amor a Deus manifestado concretamente ao outro.
Pe. Humberto
Primeira leitura
Início da Carta de São Paulo aos Colossenses
 1,1-14

Ação de graças e prece
1 Paulo, apóstolo de Cristo Jesus por vontade de Deus e o irmão Timóteo, 2 aos santos e fiéis irmãos em Cristo que estão em Colossos: graça e paz da parte de Deus nosso Pai.
3 Damos graças a Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, sempre rezando por vós, 4 pois ouvimos acerca da vossa fé em Cristo Jesus e do amor que mostrais para com todos os santos, 5 animados pela esperança na posse do céu. Disso já ouvistes falar no Evangelho, cuja palavra de verdade chegou até vós. 6 E como no mundo inteiro, assim também entre vós ela está produzindo frutos e se desenvolve desde o dia em que ouvistes a graça divina e a conhecestes verdadeiramente. 7 Assim aprendestes de Epafras, nosso estimado companheiro, que é junto de vós um autêntico mensageiro de Cristo. 8 Foi ele quem nos deu notícia sobre o amor que o Espírito Santo suscitou em vós.
9 Por isso, desde que recebemos essas notícias, não deixamos de rezar insistentemente por vós, para que chegueis a conhecer plenamente a vontade de Deus, com toda a sabedoria e com o discernimento da luz do Espírito. 10 Pois deveis levar uma vida digna do Senhor, para lhe ser agradáveis em tudo. Deveis produzir frutos em toda a boa obra e crescer no conhecimento de Deus, 11 animados de muita força, pelo poder de sua glória, de muita paciência e constância.
12 Com alegria dai graças ao Pai, que vos tornou capazes de participar da luz, que é a herança dos santos. 13 Ele nos libertou do poder das trevas e nos recebeu no reino de seu Filho amado, 14 por quem temos a redenção, o perdão dos pecados.

Responsório Cl 1,12.13; Tg 1,17
R. Demos graças a Deus Pai onipotente:
* Ele arrancou-nos do imrio das trevas
e transportou-nos para o
 reino de seu Filho,
para o
 reino de seu Filho bem-amado.
V. Toda diva que é boa e preciosa,
todo
 dom que é perfeito vem do alto
e
 desce até nós, do Pai das luzes. * Ele arrancou-nos.

Segunda leitura
Dos Sermões de São Bernardo, abade
(Sermo 1 in Epiphania Domini, 1-2: PL 133, 141-143)
(Séc. XII)

Na plenitude dos tempos, veio a nós a plenitude da divindade
Apareceu a bondade e a humanidade de Deus, nosso Salvador (cf. Tt 3,4). Demos graças a Deus que nos dá tão abundante consolação neste exílio, nesta peregrinação, nesta vida tão miserável.
Antes de aparecer a sua humanidade, a sua bondade também se encontrava oculta; e, no entanto, esta já existia, porque a misericórdia do Senhor é eterna. Mas como poderíamos conhecer tão grande misericórdia? Estava prometida, mas não era experimentada e por isso muitos não acreditavam nela. Muitas vezes e de muitos modos, Deus falou por meio dos profetas (cf. Hb 1,1). E dizia: Eu tenho pensamentos de paz e não de aflição (cf. Jr 29,11). E o que respondia o homem, que experimentava a aflição e desconhecia a paz? Até quando direis paz, paz e não há paz? Por esse motivo, os mensageiros da paz choravam amargamente (cf. Is 33,7), dizendo: Senhor, quem acreditou no que ouvimos? (cf. Is 53,1). Agora, porém, os homens podem acreditar ao menos no que vêem com seus olhos, pois os testemunhos de Deus são verdadeiros (cf. Sl 92,5); e para se tornar visível, mesmo àqueles que têm a vista enfraquecida, armou uma tenda para o sol (Sl 18,6).
Agora, portanto, não se trata de uma paz prometida, mas enviada; não adiada, mas concedida; não profetizada, mas presente. Deus Pai a enviou à terra, por assim dizer, como um saco pleno de sua misericórdia. Um saco que devia romper-se na paixão para derramar o preço de nosso resgate nele escondido; um saco, sim, que embora pequeno estava repleto. Pois, um menino nos foi dado (cf. Is 9,5), mas nele habita toda a plenitude da divindade (Cl 2,9). Quando chegou a plenitude dos tempos, veio também a plenitude da divindade.
Veio na carne para se revelar aos que eram de carne, de modo que, ao aparecer sua humanidade, sua bondade fosse reconhecida. Com efeito, depois que Deus manifestou sua humanidade, sua bondade já não podia ficar oculta. Como poderia expressar melhor sua bondade senão assumindo minha carne? Foi precisamente a minha carne que ele assumiu, e não a de Adão, tal como era antes do pecado.
Poderá haver prova mais eloqüente de sua misericórdia do que assumir nossa miséria? Poderá haver maior prova de amor do que o Verbo de Deus se tornar como a erva do campo por nossa causa? Senhor, que é o homem, para dele assim vos lembrardes e o tratardes com tanto carinho? (Sl 8,5). Por isso, compreenda o homem até que ponto Deus cuida dele; reconheça bem o que Deus pensa e sente a seu respeito. Não perguntes, ó homem, por que sofres, mas por que ele sofreu por ti. Vendo tudo o que fez em teu favor, considera o quanto ele te estima, e assim compreenderás a sua bondade através da sua humanidade. Quanto menor se tornou em sua humanidade, tanto maior se revelou em sua bondade; quanto mais se humilhou por mim, tanto mais digno é agora do meu amor. Diz o Apóstolo: Apareceu a bondade e a humanidade de Deus, nosso Salvador. Na verdade, como é grande e manifesta a bondade de Deus! E dá-nos uma grande prova de bondade Aquele que quis associar à humanidade o nome de Deus.


No dia 30 dezembro continuamos a oitava das alegrias do natal. A meditação se concentra no sentido da categoria “mundo”, neste evangelista ora é positivo como  em 3,16 Deus amou tanto o mundo, ora negativo como, por exemplo, no prólogo “ o mundo foi feito por meio Dele, mas o mundo não o reconheceu” 1,10.
O sentido negativo são os que se opuseram a Deus e a seu Filho radicalmente, realizando, portanto, as obras das trevas. Também neste dia a meditação se volta para o sentido “concupiscência da carne”, ou seja, um ser humano todo ele voltado para o material. Fechado a luz de cristo, e, portanto em trevas. E, ainda, é dia para olhar a sagrada família e contemplar as lições inspiradoras para as famílias.
Pe. Humberto
Cristo, cabeça da Igreja; Paulo, seu servo
Irmãos, 1,15 Cristo Jesus é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação, 16 pois por causa dele foram criadas todas as coisas no céu e na terra, as visíveis e as invisíveis, tronos e dominações, soberanias e poderes. 17 Tudo foi criado por meio dele e para ele. Ele existe antes de todas as coisas e todas têm nele a sua consistência.
18 Ele é a Cabeça do corpo, isto é, da Igreja. Ele é o Princípio, o Primogênito dentre os mortos; de sorte que em tudo ele tem a primazia,19 porque Deus quis habitar nele com toda a sua plenitude 20 e por ele reconciliar consigo todos os seres. Todos os que estão na terra e no céu, ele quis conduzir a Cristo, que trouxe a paz ao derramar seu sangue na cruz.
21 E vós, que outrora éreis estrangeiros e cujas más obras manifestavam profunda hostilidade, 22 eis que agora Cristo vos reconciliou pela morte que sofreu no seu corpo mortal, para vos apresentar como santos, imaculados, irrepreensíveis diante de si. 23 Mas é necessário que permaneçais inabaláveis e firmes na fé, sem vos afastardes da esperança que vos dá o evangelho. A toda criatura debaixo do céu foi anunciado o evangelho que ouvistes e do qual eu, Paulo, me tornei ministro.
24 Alegro-me de tudo o que já sofri por vós e procuro compensar na minha própria carne as deficiências que atribulam a Cristo, em solidariedade com seu corpo, isto é, a Igreja. 25 A ela eu sirvo, exercendo o cargo que Deus me confiou de transmitir-vos a palavra de Deus em sua plenitude. 26 Esta palavra é o mistério escondido por séculos e gerações, mas agora revelado a seu povo santo. 27 A este, Deus quis manifestar como é rico e glorioso entre as nações este mistério: a presença de Cristo junto a vós, a esperança da glória. 28 Nós o anunciamos, admoestando a todos e ensinando a todos, com toda sabedoria, para tornar perfeitos a todos em sua união com Cristo. 29 Para isso eu me esforço com todo o empenho, sustentado pela força que em mim opera.
2,1 Quero pois que saibais que luta difícil sustento por vós, pelos fiéis de Laodicéia e por tantos outros, que não me conhecem pessoalmente, 2 para que sejam consolados e se mantenham unidos na caridade. Que eles cheguem a entender profunda e plenamente o mistério divino, ao conhecer o Cristo, 3no qual estão encerrados todos os tesouros da sabedoria e da ciência.

Responsório             Cl 1,18.17
R. Cristo é a cabeça da Igreja que é seu corpo,
é o prinpio, o Primonito entre os
 mortos,* A fim de ter em tudo a primazia.V. Antes de toda criatura ele existe,
e é por
 ele que subsiste o universo. * A fim.

Segunda leitura
Do Tratado “Refutação de todas as heresias”, de Santo Hipólito, presbítero
(Cap. 10, 33-34: PG 16, 3452-3453)            (Séc. III)

O Verbo feito carne diviniza o homem
Não fundamentamos nossa fé em palavras sem sentido, nem nos deixamos arrastar pelos impulsos do coração ou persuadir pelo encanto de discursos eloquentes. Nossa fé se fundamenta nas palavras pronunciadas pelo poder divino.
Estas palavras, Deus as confiou a seu Verbo que as pronunciou para afastar o homem da desobediência; não quis obrigá-lo à força, como a um escravo, mas chamou-o para uma decisão livre e responsável.
Esse Verbo, o Pai enviou à terra no fim dos tempos; não o queria mais pronunciado por meio dos profetas nem anunciado por meio de prefigurações obscuras, mas ordenou que se manifestasse de forma visível, a fim de que o mundo, ao vê-lo, pudesse salvar-se.
Sabemos que o Verbo assumiu um corpo no seio da Virgem e transformou o homem velho em uma nova criatura. Sabemos que ele se fez homem da nossa mesma substância. Se não fosse assim, em vão nos teria mandado imitá-lo como Mestre. De fato, se esse homem tivesse sido formado de outra substância, como poderia ordenar-me que fizesse as mesmas coisas que ele fez, a mim, frágil que sou por natureza? Como poderíamos então dizer que ele é bom e justo?
Para que não o julgássemos diferente de nós, suportou fadigas, quis ter fome e não recusou ter sede, dormiu para descansar, não rejeitou o sofrimento, submeteu-se à morte e manifestou a sua ressurreição. Em tudo isto, ofereceu sua própria humanidade como primícias, para que tu não desanimes no meio do sofrimento, mas, reconhecendo tua condição de homem, esperes também receber o que Deus lhe deu.
Quando contemplares Deus tal qual é, terás um corpo imortal e incorruptível, como a alma, e possuirás o reino dos céus, tu que, peregrinando na terra, conheceste o Rei celeste; viverás então na intimidade de Deus e serás herdeiro com Cristo.
Todos os males que suportaste sendo homem, Deus os permitiu precisamente porque és homem; mas tudo o que pertence a Deus, ele promete conceder-te quando fores divinizado e te tornares imortal. Conhece-te a ti mesmo, reconhecendo a Deus que te criou; pois conhecer a Deus e ser por ele conhecido é a sorte daquele que foi chamado por Deus.
Por conseguinte, não vos envolvais em contendas como inimigos, nem penseis em voltar atrás. Cristo é Deus acima de todas as coisas, ele que decidiu libertar os homens do pecado, renovando o velho homem que tinha criado à sua imagem desde o princípio, e manifestando nesta imagem renovada o amor que tem por ti. Se obedeceres aos seus mandamentos e por tua bondade te tornares imitador daquele que é o Bem supremo, serás semelhante a ele e ele te glorificará. Deus que tudo pode e tudo possui te divinizará para sua glória...

O sétimo dia 31 de dezembro na oitava das alegrias do natal do Senhor faz-se a passagem para o novo ano. Este dia é muito oportuno para fazer um balanço tanto material como espiritualmente e verificar saber se fui fiel aos dons recebido de Deus, se eu produzi frutos conforme o espírito do senhor se foi aberto à graça de Deus, se pratiquei de verdade o amor manifestado no serviço ao próximo. Este é o dia de gratidão pelo ano que passou. Renovar os compromisso para viver bem o momento presente e olhar o futuro com esperança.
Finalmente, a liturgia que nos fez iniciar na espera com Maria nos faz também com ela contemplar a realização das promessas de Deus. Ela trouxe ao mundo a grande bênção do Pai para o mundo, Jesus Nosso senhor.
No ano novo, a Igreja volta-se para aquela que trouxe Jesus. Ela nos inspira tanta, primeiro acolher a bênção que é Jesus na vida, segundo a responder com disposição “eis-me aqui o servo do senhor” e meditar os acontecimentos da vida de Cristo.
A riqueza da liturgia nos faz celebrar a universalidade da salvação com a Epifania do senhor e o Batismo do Senhor aquele que é o servo sofredor é o Filho de Deus ungido desde o seio materno. Tal manifestação será publica no batismo. Inicio da missão. Ungido para anunciar e tornar presente o Reino de Deus. Mc 1,15. 
Nota conclusiva. O fruto da vinda de cristo foi a salvação para todos os povos, o seu itinerário de filho de Deus torna-se modelo para os seguidores. Diante do senhor que veio ao mundo como “Luz” Jo 8,12 ninguém fica indiferente, ou se acolhe ou se rejeita. Quem  o acolhe nele é luz no mundo, quem o rejeita permanece nas trevas do pecado no mundo. O fruto da vinda do senhor é tornar cada homem o que ele é, ou seja, Filho de Deus e movido pelo Espírito santo até a gloria da ressurreição. “O Verbo fez-Se carne, para nos tornar «participantes da natureza divina» (2 Pe 1, 4): «Pois foi por essa razão que o Verbo Se fez homem, e o Filho de Deus Se fez Filho do Homem: foi para que o homem, entrando em comunhão com o Verbo e recebendo assim a adopção divina, se tornasse filho de Deus» CIC 460.
Que a graça da noite santa do natal  ilumine nossa jornada de peregrinos a  testemunhar o Senhor até o fim. Amém Aleluia!
Nota: Acompanhe bem a liturgia, o fruto mais seguimento a cristo.
Pe. Humberto
Nossa fé em Cristo
Irmãos, 4 digo-vos isto, para que ninguém vos engane com discursos capciosos. 5 Embora corporalmente eu esteja longe de vós, em espírito eu estou perto. Com alegria posso constatar que a vossa fé em Cristo é firme e autêntica.
6 Assim como aceitastes a Cristo Jesus como Senhor, assim continuai a guiar-vos por ele: 7 enraizados nele e edificados sobre ele, apoiados na fé que vos foi ensinada, dando-lhe muitas ações de graças. 8 Estai alerta, para que ninguém vos enrede com sua filosofia e com doutrina falsa, baseando-se em tradição humana e remontando às forças elementares do mundo, sem se fundamentar em Cristo. 9 Pois nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade. 10 Dele também vós estais repletos, pois ele é a Cabeça de todas as forças e de todos os poderes. 11Nele, vós também recebestes uma circuncisão, não feita por mão humana, mas uma circuncisão que é de Cristo, pela qual renunciais ao corpo perecível. 12 Com Cristo fostes sepultados no batismo; com ele também fostes ressuscitados por meio da fé no poder de Deus, que ressuscitou a Cristo dentre os mortos. 13 Ora, vós estáveis mortos por causa dos vossos pecados, e vossos corpos não tinham recebido a circuncisão, até que Deus vos trouxe para a vida, junto com Cristo, e a todos nós perdoou os pecados. 14 Existia contra nós uma conta a ser paga, mas ele a cancelou, apesar das obrigações legais, e a eliminou, pregando-a na cruz; 15 ele despojou as autoridades e os poderes sobre-humanos e os expôs publicamente em espetáculo, levando-os em cortejo triunfal.

Responsório             Cl 2,9.10.12
R. No Cristo habita a plenitude de Deus, corporalmente.* Ele é o Senhor dos principados,
é o Senhor
 das potestades.V. Nós fomos sepultados com ele no batismo
e igualmente ressurgimos com
 ele pela ,
no poder
 de nosso Deus. * Ele é o Senhor.

Segunda leitura
Dos Sermões de São Leão Magno, papa
(Sermo 6 in Nativitate Domini, 2-3, 5: PL 54, 213-216)            (Séc. V)

O Natal do Senhor é o Natal da paz
O estado de infância, que o Filho de Deus assumiu sem considerá-la indigna de sua grandeza, foi-se desenvolvendo com a idade até chegar ao estado de homem perfeito e, tendo-se consumado o triunfo de sua paixão e ressurreição, todas as ações próprias do seu estado de aniquilamento que aceitou por nós tiveram o seu fim e pertencem ao passado. Contudo, a festa de hoje renova para nós os primeiros instantes da vida sagrada de Jesus, nascido da Virgem Maria. E enquanto adoramos o nascimento de nosso Salvador, celebramos também o nosso nascimento.
Efetivamente, a geração de Cristo é a origem do povo cristão; o Natal da Cabeça é também o natal do Corpo.
Embora cada um tenha sido chamado num momento determinado para fazer parte do povo do Senhor, e todos os filhos da Igreja sejam diversos na sucessão dos tempos, a totalidade dos fiéis, saída da fonte batismal, crucificada com Cristo na sua Paixão, ressuscitada na sua Ressurreição e colocada à direita do Pai na sua Ascensão, também nasceu com ele neste Natal.
Todo homem que, em qualquer parte do mundo, acredita e é regenerado em Cristo, liberta-se do vínculo do pecado original e, renascendo, torna-se um homem novo. Já não pertence à descendência de seu pai segundo a carne, mas à linhagem do Salvador, que se fez Filho do homem para que nós pudéssemos ser filhos de Deus.
Se ele não tivesse descido até nós na humildade da natureza humana, ninguém poderia, por seus próprios méritos, chegar até ele.
Por isso, a grandeza desse dom exige de nós uma reverência digna de seu valor. Pois, como nos ensina o santo Apóstolo, nós não recebemos o espírito do mundo, mas recebemos o Espírito que vem de Deus, para que conheçamos os dons da graça que Deus nos concedeu (1Cor 2,12). O único modo de honrar dignamente o Senhor é oferecer-lhe o que ele mesmo nos deu.
Ora, no tesouro das liberalidades de Deus, que podemos encontrar de mais próprio para celebrar esta festa do que a paz, que o canto dos anjos anunciou em primeiro lugar no nascimento do Senhor?
É a paz que gera os filhos de Deus e alimenta o amor; ela é a mãe da unidade, o repouso dos bem-aventurados e a morada da eternidade; sua função própria e seu benefício especial é unir a Deus os que ela separa do mundo.
Assim, aqueles que não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus mesmo (Jo 1,13), ofereçam ao Pai a concórdia dos filhos que amam a paz, e todos os membros da família adotiva de Deus se encontrem naquele que é o Primogênito da nova criação, que não veio para fazer a sua vontade, mas a vontade daquele que o enviou. Pois a graça do Pai não adotou como herdeiros pessoas que vivem separadas pela discórdia ou oposição, mas unidas nos mesmos sentimentos e no mesmo amor. É preciso que tenham um coração unânime os que foram recriados segundo a mesma imagem.
O Natal do Senhor é o natal da paz. Como diz o Apóstolo, Cristo é a nossa paz, ele que de dois povos fez um só (cf. Ef 2,14); judeus ou gentios, em um só Espírito, temos acesso junto ao Pai (Ef 2,18)....

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