Homilia: Sexto Domingo do Tempo Comum Ano B


SEXTO DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO B

Três considerações na presente homilia, a primeira a atitude do leproso na experiência de sua dor, a segunda a atitude de Jesus perante a dor e a suplica do leproso e a terceira a minha atitude hoje.
A atitude do leproso é aproximar de Jesus com uma intenção muito clara, “quero ser puro”. Aproximando de Jesus o seu caminho será outro.
Caro irmão ao se aproximar de Jesus e da Igreja você tem esta motivação, “ser puro’? Senão hoje, tu és convidado a reorientar a tua intenção e o teu caminho. A atitude do leproso encontrará dificuldade tu também. A lei no tempo de Jesus era desumana, excludente e violenta. O leproso estava totalmente excluído do convivo da família, da comunidade de Israel e da sociedade. “Durante todo o tempo em que estiver leproso será impuro; e, sendo impuro, deve ficar isolado e morar fora do acampamento". 
No tempo de Jesus a lepra era a mesma coisa que a morte.  E nesta situação de doença “impura”, de miséria profunda, de abandono a quem suplicar? a Jesus, “se queres podes curar-me”. De joelhos suplica a Jesus a cura em sinal de extrema humildade e adoração ao Senhor: “Se queres, tens o poder de curar’. Jesus diz uma palavra “quero”. O que queres que Jesus te faça? Jesus quer te curar, mas tua aceitas a sua cura? Se aceitas converte-te (IIRs 5,7). Para examinar as suas atitudes: Sou discípulo missionário de Jesus. As nossas atitudes em relação aos excluídos: procuramos ir ao encontro deles ou nos mantemos a distância? Tenho medo de manter contato com as pessoas “(perigosas’ (os ateus, os divorciados, os pecadores, os indivíduos anti-sociais).

A atitude de Jesus. A reação de Jesus é contrária a lei antiga, porque a sua lei é o amor, “como eu vos amei amai-vos uns aos outros”. Na sua atitude ele ensina a verdadeira imagem de Deus Pai. Não o Deus dos fariseus legalistas. Nem distante. Nem indiferente aos sofrimentos. Mas Deus amor. Jesus, cheio de compaixão, estendeu a mão, tocou nele, e disse: 'Eu quero: fica curado!'" Cada pormenor deste versículo é rico de ensinamento.    o contato físico com o leproso. A fé não exclui o contato físico, mas não se prende somente ao físico. Jesus deixa-se aproximar dos pecadores  e aproxima-se deles com amor, contrariando a lei que não dava tal permissão. Não é apenas um gesto bondoso de Jesus, mas o jeito de Deus agir com os sofredores que o filho encarna. A sua vinda ao mundo foi para salvar e não para condenar (Jo 316). Assim cada pecador se sente amado, valorizado, reconciliado, enchendo-se de nova esperança. A sua compaixão  dura não apenas aquele momento , mas a cada momento da existência. Àquele que é   puro  vem purificar as nossas impurezas e lavar o mundo com as águas do batismo. Ele continua nos tocando com os sacramentos, com a palavra, com o seu espírito que tudo renova.
Em Jesus o Reino chegou com sinais libertadores. Ele tira o pecado do mundo. Pouco a pouco, os seguidores de Jesus devem assimilar e testemunhar que o amor é mais forte que a morte, que a graça é mais abundante que o pecado, que a liberdade que ele nos conquistou pelo seu sangue é mais potente que a escravidão, que a vida supera a morte.   Eis a cura interior tão desejada por todos e que basta uma palavra de Jesus “ quero , fica curado”. “A Alegria do Evangelho enche o coração e a vida inteira daqueles que se encontram com Jesus. Quantos se deixam salvar por Ele são libertados do pecado, da tristeza, do vazio interior, do isolamento. Com Jesus Cristo, renasce sem cessar a alegria”.
Agora é a nossa atitude: reconhecer-se pecador como o leproso ese encher de compaixão como Jesus. Voltar-se para si e para Deus. Voltar como fez o filho prodigo e o leproso do Evangelho, mas voltar com duas atitudes. Reconhecer leproso e amado por Deus em seu perdão. O grande mal de hoje e de sempre é não reconhecer-se pecador “pequei, Senhor Misericórdia” e porque não me reconheço pecador, não me aproximo de Jesus e nem da Igreja. Outro mal é não assumir a culpa dos meus atos e culpar os outros por meus pecados. E, ainda, outro mal é não confessar os pecados com humildade. Mas se faz necessário irmão a escuta da palavra de Deus. Ela ilumina a minha consciência e a sua, infunde em nós a confiança na misericórdia do Pai. Nenhuma pessoa sozinha é capaz de se  reconhecer pecador. “A conversão é antes de tudo uma obra da graça de Deus que reconduz nossos corações a ele: “Converte-nos a ti, senhor, e nos converteremos” (Lm 5,1). E se converte olhando o grande amor de Deus manifestado em Jesus no altar da cruz tornado presente no altar da eucaristia. “O coração humano converte-se olhando para aquele que foi transpassado por nossos pecados”. É tão comum querer viver sem Deus, sem a orientação dos mandamentos, sem a prática da oração, sem a caridade, sem a missão de ir ao encontro dos perdidos com a intenção de salvar.
Reconheçamo-nos pecadores, meus caros! Mostremos ao Senhor a nossa lepra? Como fazê-lo? Primeiro cada fiel seguidor de Jesus deverá ouvir a Palavra de Deus. Ela é eficaz porque produz a conversão e a vida nova. Deixemos que ela  mostrem nossas lepras, nosso pecados, nossos males interiores. Segundo convém ao fiel seguidor de Jesus  que faça antes da confissão, um exame de consciência á luz da Palavra de Deus no que se refere a sua relação com Deus, com o irmão e com os bens. O que penso o que falo o que faço é contrário ao Senhor?  Sinceramente, arrependido confesso meu pecado. Acuso-me pecador. “pela acusação, o homem encara os pecados dos quais se tornou culpado: assume a responsabilidade deles e, assim, abre-se de novo a Deus e a comunhão da Igreja, a fim de se tornar  possível um futuro novo”. È nesse momento que sou curado como o leproso. “O sacerdote diz em nome de Cristo, eu te absorvo”. Ninguém fuga da confissão senão a lepra do pecado tornará infeliz e pior ainda, matará a alma, roubará a paz interior.  "Eu confessei, afinal, meu pecado, e minha falta vos fiz conhecer. Disse: 'Eu irei confessar meu pecado!' E perdoastes, Senhor, minha falta!" Livre do pecado posso comungar o corpo do Senhor e viver na comunhão dos irmãos.
Termino convidando a fazer diante do Senhor este Ato de Contrição: Senhor meu, Jesus Cristo, Deus e homem verdadeiro, Criador e Redentor meu, por serdes Vós quem sois, sumamente bom e digno de ser amado sobre todas as coisas e porque Vos amo e estimo, pesa-me, Senhor, de todo o meu coração de Vos Ter ofendido e merecido o Inferno; e proponho firmemente, ajudado com os auxílios de Vossa Divina Graça, emendar-me e nunca mais Vos tornar a ofender; e espero alcançar o perdão de minhas culpas por Vossa infinita misericórdia.


Pe. Humberto

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