Retiro Quaresmal: Tema a Peregrinação de Israel e Nossa



RETIRO QUARESMAL NO TEMPO DA QUARESMA DE 2015
TEMA A PEREGRINAÇÃO DE ISRAEL E NOSSA

Caro internauta quando eu era administrador paroquial nos primeiros seis anos de presbítero orientei retiros no tempo da quaresma com o intuito de melhor preparar os fiéis para a celebração da Santa Páscoa. Foram tempos fecundos.   Sem desconsiderar a experiência presencial fundamental na peregrinação da fé, apresento aos fiéis católicos, sobretudo, aos grupos, aos movimentos e  ás pastorais da Igreja católica da Diocese de Petrolina e  a outras pessoas de boa vontade ,  a possibilidade de fazerem uma experiência de um retiro, de duas maneiras: a primeira  via internet seguindo a nossa orientação de cada dia, segunda possibilidade,  pessoalmente conosco na sede paroquial do são Gonçalo, comunidade nossa Senhora do rosário.
A escolha vai depender das suas disposições. É um desafio e uma graça de Deus. Desafio para motivar a participação presencial dos meus paroquianos que me foi confiado o pastoreio. Este retiro é o último nesta metodologia, porque nos próximos, queremos acolher os retiros na metodologia do SINE (Sistema Integral de Evangelização). Projeto de missão e pastoral a ser assumido pela paróquia no ano 2016 (este ano é ano para a jornada de informação e formação). É uma Graça de Deus este retiro, porque possibilita a cada pessoa de orar todo o conteúdo da História da salvação com a Palavra de Deus proclamada, meditada, orada e vivenciada a cada dia.

II. A Nossa Inspiração do Tema

A nossa inspiração do tema é dupla, a primeira parte de minha experiência pessoal. Fiz retiro com este tema orientado por Dom Henrique, na época, ele era diretor espiritual do seminário. (aproximadamente, 15 anos faz).  Muito me fascinou todo o conteúdo assim como o testemunho do pregador, a tal ponto que guardei a sua apostilha para partilhar com tantos outros tal experiência. São assim as coisas boas, não devemos reter para si, mas partilhar. Hoje chegou a vez de partilhar com os meus atuais paroquianos. Em segundo lugar, o pedido da liturgia no tempo da quaresma, ela faz forte apelo para a prática três obras fundamentas, a saber: a intensidade na oração, a prática do jejum e da caridade. Convertei-vos e crede no Evangelho (Mc 1,15). No tempo da Igreja através do documento 100, a Igreja faz eco ao eco de Jesus com apelo a todos os agentes da Evangelização para uma conversão pastoral.
O nosso tema para retirar-se neste tempo de quaresma é marcado por uma experiência de encontro do povo de Israel com o seu Deus libertador e salvador. Também a nossa vida cristã é marcada com um Encontro com Jesus Cristo que nos revela Plenamente o Plano de Deus para a humanidade.  Quem é Deus e quem sou eu?  As respostas se dão na convivência e na cultura do encontro.
Na memória da historia da salvação. Primeira memória da historia de Israel, pois a sua historia é a nossa historia.  O seu pecado é o nosso pecado, a busca de conversão é a nossa pelega de cada dia.  A sua aliança com Deus é nossa aliança renovada em Jesus. Fazer memória para sabemos quem é Deus e como ele age? Mas, sobretudo, quem é o Deus de Israel que Jesus revela plenamente? ele com o seu povo faz a historia da salvação. Pio XI afirmava que, espiritualmente, somos todos semitas. Neste sentido, Israel é cada peregrino que caminha hoje na estrada de Jesus.  Eles foram o que nós somos hoje, peregrinos. Caminhamos na estrada de Jesus. Paulo testemunha que a memória dos acontecimentos de ontem servem no servem de exemplo e para a nossa instrução (1Cor 10,6-11). Não fechem o coração como eles, mas ouvir a voz de Deus que fala pelo Filho e pela Igreja.
Caro peregrino de Jesus, caro irmão, a nossa meditação neste tempo forte consistirá em acompanhar a nossa historia na historia do primeiro povo da aliança. Olhar para trás para avançar para frente. Então, Bíblia nas mãos, para ouvir o Senhor continua a falar e espera a escuta e a resposta com fé e amor. Escute o senhor na palavra.   Bíblia nas mãos para tomar consciência que o Deus que falou ontem pelos profetas e de muitos modos (Hb 1,1) vem falar pessoalmente pelo seu Filho (Jo 1,1). Este “é o meu filho amado, “escutai”-o”. Estou escutando o Senhor e seguindo-o com as suas exigências? ‘“vem e segue-me”. O modo como Deus age é velado no acontecimento do êxodo e no acontecimento da encarnação, morte e ressurreição do seu filho. Ele é fiel ontem, hoje,e sempre. Tratou o povo antigo com amor e justiça, e o amor e a justiça nos vem em Cristo plenamente. Ele é o sim de Deus para sempre. 
Não se faz memória sozinha, mas em comunidade. Recordamos que todo o Antigo testamento foi preparação para a chegada da máxima novidade do amor de Deus, a encarnação e páscoa do seu Filho. O Espírito que o gerou no seio da virgem Maria é o mesmo que falava pelos profetas e que foi dado aos apóstolos para o testemunho (Atos 1,8). O espírito santo Plasmava o povo *1Pd 1,10-120.
É vantajoso um retiro com a Palavra de Deus orada. Ela é eficaz, porque produz em nós a salvação esperada e chegada e que esperando plenamente em grau mais elevado. Como diz Santo Agostinho: “A tua oração é a tua palavra dirigida a Deus. Quando lês, é Deus que te fala; quando rezas, és tu que falas a Deus”.

III O nosso Método:

Bíblia nas mãos, na mente, no coração, nos lábios. Basta um testemunho da Magnitude  da leitura orante. Na Carta a Gregório, o grande teólogo alexandrino recomenda: «Dedica-te à lectio das divinas Escrituras; aplica-te a isto com perseverança. Empenha-te na lectio com a intenção de crer e agradar a Deus. Se durante a lectio te encontras diante de uma porta fechada, bate e ser-te-á aberta por aquele guardião de que falou Jesus: “O guardião abrir-lha-á”. Aplicando-te assim à lectio divina, procura com lealdade e inabalável confiança em Deus o sentido das Escrituras divinas, que nelas amplamente se encerra. Mas não deves contentar-te com bater e procurar; para compreender as coisas de Deus, tens necessidade absoluta da oratio. Precisamente para nos exortar a ela é que o Salvador não se limitou a dizer: “procurai e encontrareis” e “batei e ser-vos-á aberto”, mas acrescentou: “pedi e recebereis”». (VERBUM DOMINI, 86).
IV. Os passos da Lectio di (como fazer uma leitura orante)

a)    Leitura do texto – É a escuta atenta da palavra na fé. Sem a fé é Impossível agradar a Deus (Hb 11,1). Tudo inicia na fé. Jesus pede a segunda exigência ao seus seguimento a fé . A fé nasce da escuta. Faça a leitura pausadamente com todo o seus sentidos, sentido com os olhos, com os ouvidos, com o coração, com os lábios; releia, devagar cada versículo. Pergunta fundamental: o que diz o texto em si.
b)    Meditação do texto - É o momento de pensar sobre o sentido do texto, das imagens que o texto lhe falou interiormente. É o momento de ruminar. Neste momento de meditação me vem à mente a atitude da Virgem Maria que guardava e meditava no coração o Mistério de Cristo. A pergunta fundamental é esta: o que diz o texto para mim!
c)    A oração - A oração nasce da Palavra lida, meditada, interiorizada. Deus é Pai de Misericórdia que ama cada filho no seu filho amado. Que deseja que cada seja fiel na escuta do seu Filho. “Este é meu Filho amado, escutai”. A liturgia quaresmal ecoa o refrão que se repete com veemência: hoje não fechei o coração, mas ouvi a voz do Senhor cf. (salmo 9). A pergunta fundamental é esta: o que o texto me faz dizer a Deus? a resposta é suplica de perdão ou a atitude de ação de graças, ou a atitude de intercessão ou a atitude de pedido...deixe que o Espírito ore em você.
d)    A contemplação – Aqui a alma vive e respira o jeito a vida divina. O olhar de Deus Misericordioso, a atitude de Deus misericordioso, um de ser filho e irmão em Cristo que revela o Pai com a Palavra e o sinais.
e)    A ação de Deus em nós – A palavra de Deus agora produz o seu efeito como a chuva na terra. Assim duas atitudes do seguidor de Jesus são fundamentais: a conversão, a fé, o seguimento. “vem e segue-me, diz o Senhor a cada pessoa. A fé necessita de obras de caridade. a pergunta fundamental é: o que o texto e tudo o que aconteceu nesta oração me fazem saborear e viver. Conclua a oração sempre com um Salmo.
f)     No final de cada meditação narrarei um testemunho de um padre da Igreja, de um santo, de um personagem bíblico para estimular a sua conversão. Eles foram como nós, pecadores, nós estamos a caminho para ser como eles, Santos e santas, pois o senhor ordena: “sede santos como eu sou santo”.  

Atitude dos retirantes

Santo Inácio testemunha que é necessário ao retirante ânimo e generosidade.  Exorto que se dedique no mínimo meia hora  a leitura orante proposta por mim a cada dia. Que tome da palavra uma atitude pratica para a vivência do dia. Que tenha sempre na mente e no coração as duas exigências de Jesus - conversão e fé. Que participe da santa missão diária, mas, sobretudo nos domingos da quaresma.

Orientação Para Pratica dos Retirantes

Você pode fazer este retiro com a sua família escolha um momento em que nada, nem ninguém possam interromper (ambiente é importante com os sinais de fé)
Outra forma você pode fazer por grupo de afinidade e a cada dia seguir a orientação: leitura, mediação, oração e contemplação e ação.
Ainda outra forma; você poderá fazer sozinho o retiro, mas exige muita disciplina.
Registrar as experiências vividas no percurso da quaresma é significativo, compartilhar com amigos esta experiência e buscar celebrar a liturgia do tempo. É essencial como a água.

Invocação ao Espírito Santo

Espírito Santo, dai-me um coração grande aberto à vossa silenciosa e forte palavra inspiradora; fechado-a todas as ambições mesquinhas; alheio a qualquer desprezível competição humana; compenetrado do sentido da Santa Igreja! Um coração grande desejoso de se tornar semelhante ao Coração do Senhor Jesus! Um coração grande e forte para amar a todos para servir a todos
para sofrer por todos! Um coração grande e forte para superar todas as provações todo tédio e cansaço toda desilusão e toda ofensa! Um coração grande, forte e constante, até ao sacrifício, quando necessário! Um coração, cuja felicidade é o de palpitar com o coração de Cristo, e a de cumprir humilde, fiel e virilmente, a vontade do Pai! Amém


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