Homilia da Aurora de Natal



 TRANSFORMADOS PELA LUZ DO NATAL – HOMILIA DA AURORA
Caro irmão a liturgia da aurora é continuidade da liturgia da noite. O tema ainda é sobre a luz de Cristo que ilumina as trevas da existência humana. Celebrar as três liturgias é lucro espiritual para os fies, mas na sua impossibilidade é sugestivo unir ambas as liturgias numa vigília prolongada. Voltemos toda a nossa reflexão para a Luz da fé que transforma toda a realidade da pessoa. E o faremos verificando a atitude dos personagens das fontes da Palavra de Deus na presente liturgia.
 O santo papa Francisco escreveu uma encíclica chamando atenção para a luz da fé.  Quem acredita, vê; vê com uma luz que ilumina todo o percurso da estrada, porque nos vem de Cristo ressuscitado, estrela da manhã que não tem ocaso. (LF 1). A oração da coleta tem a mesma idéia, a fé que ilumina o peregrino. “Agora que a nova luz do Verbo Encarnado invade o nosso coração, fazei que manifestemos em ações, o que brilha pela fé em nossas mentes” (oração da coleta – missa da aurora). A fé é ação de Deus que infunde em nós uma nova realidade, (a de filho de Deus)e, conseqüentemente ação um novo agir.
Mas de maneira magistral o Santo Evangelho evidencia a busca, a peregrinação, o encontro dos pastores, as primeiras testemunhas do acontecimento do nascimento de Jesus num estábulo, no seio de uma família pobre.  Eles são dóceis em atender o convite do anjo como José, esposo de Maria. Eles foram a Belém para ver o acontecimento da encarnação. O texto diz sagrado que eles foram ás pressas como Maria ao partir para visitar a sua prima Isabel.
O que faz agente sair de si e partir? Partir como peregrino na fé como o Pai Abraão partiu? “O desejo de encontrar o objeto da fé. A fé nasce no encontro com o Deus vivo que nos chama e revela o seu amor: um amor que nos precede e sobre o qual podemos apoiar-nos para construir solidamente a vida. (LF 4). Eles partiram até encontrar o sinal do amor de Deus, o sinal da proximidade de Deus, o sinal da manifestação da bondade  e da misericórdia de Deus. “E encontroaram Maria e Jose e o recém-nascido deitado numa manjedoura”. E agora reconhecendo adora o menino e se maravilha com o inaudito de Deus.
Agora, são missionários do que viram. Contam o que viram acerca do menino. Viram com uma nova luz, a luz de Cristo. Uma vez iluminados tornam-se luz no senhor (Ef 5,8). A fé não só olha para Jesus, mas olha também a partir da perspectiva de Jesus e com os seus olhos: é uma participação no seu modo de ver. (LF 18). A virgem Maria, a peregrina na fé, nos serve de modelo no itinerário com o senhor. Ela guarda no coração e medita o que os pastores anunciam. A Igreja  segue o seu itinerário meditando e celebrando o mistério de Cristo. A sua maternidade inspira a maternidade da Igreja. “Quem se abriu ao amor de Deus, acolheu a sua voz e recebeu a sua luz, não pode guardar este dom para si mesmo”.
Paulo testemunha na segunda leitura o tema do amor humano que Deus infunde em nós pelo Espírito Santo em nós (Rom 5,5). Infunde junto com a virtude da luz da fé, como já meditamos. Não por merecimento humano.  Mas por puro ato de amor de Deus. “Caríssimos: manifestou-se a bondade de Deus, nosso salvador, e seu amor pelos homens”. O Senhor sente por nós benignidade e ternura, como uma Mãe por seus filhos. Ele nos justifica interiormente gerando em nós um homem novo. O nosso agir é em Cristo. O senhor espera que cada pessoa acolha e aceite o seu amor. Conseqüências práticas, a fé nos transforma interiormente e a transformação se mostra em ações de amor.  Portanto, O homem de fé reconhece que a ação primeira é de Deus que se manifesta com obra de bondade e o homem responde com a obediência da fé com obra de bondade. Os exemplos dos pastores e de Maria e José confirmam o modo do agir de Deus e o modo autentico da resposta do homem na fé. Deixemo-nos guiar pelo Espírito Santo, pelo coração misericordioso, pela luz da fé com gestos de amor e de fé. “A fé conhece na medida em que está ligada ao amor, já que o próprio amor traz uma luz. A compreensão da fé é aquela que nasce quando recebemos o grande amor de Deus, que nos transforma interiormente e nos dá olhos novos para ver a realidade LF. E agir como iluminados.
Ir com os pobres ao presépio para encontrar com eles o menino Jesus com sua Mãe e são José, e encontrado – os alegrando-nos no Senhor e alegrando-nos no Senhor, testemunhar o seu amor, pois a fé tende a difundirem-se, a convidar outros para a sua alegria. Feliz e santo com o Senhor.
Pe. Humberto



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