Solenidade Da Mãe de Deus Ano B
SOLENIDADE DA MÃE DE DEUS – ANO B
Caros irmãos, a
liturgia hodierna na oitava do natal do Senhor é rica de ensinamentos: o
ensinamento oitava do natal, a circuncisão e nome de Jesus, a maternidade de
Maria, o dia mundial da paz e novo ano civil. A nossa atenção nesta homilia é
para o dado da Maternidade de Maria.
Olhando a sagrada
Escritura temos testemunhos abundantes que favorece a maternidade de Maria. No
inicio do livro santo, por ocasião da queda do homem, Deus promete um salvador
e nesta promessa já é inclusa a Virgem Maria. Jesus novo Adão, nascido da Nova
Eva, a Virgem Maria. “Depois da queda, o homem não foi abandonado por Deus.
pelo contrário, Deus chamou-o e anunciou-lhe, de modo misterioso, que venceria
o mal e se levantaria da queda. Esta passagem do Gênesis tem sido chamada “proto-Evangelho”,
por ser o primeiro anuncio do messias redentor, do combate entre a serpente e a
Mulher, e da vitória final dum descendente desta”. (CIC n. 410).
Quem é esta Mulher?
Esta mulher é a Virgem Maria. Ela é tão importante que depois de Jesus. Ela é
tão importante no Plano da Salvação que foi predestinada para ser Mãe do
salvador. “O pai das misericórdias quis que aceitação, por parte da que Ele
predestinara para mãe, precedesse a Encarnação, para que, assim como uma mulher
contribuiu para a morte, também outra contribuísse para a vida”. Deus espera o
seu sim. O mundo inteiro espera o seu sim. Quem mistério grandioso o criador de
todas as coisas quis depender do sim de uma pobre serva.
Esta mulher foi por
Deus preparada ao longo da historia da salvação e anunciada por todos os
profetas sempre em vista da vinda do Filho de Deus. Após longo advento, Maria é a primeira entre
os humildes e pobres do Senhor, que confiadamente esperam e recebem a salvação
de Deus. Ela é o bom terreno onde vai ser gerado o verbo da vida. Ela antecipa
a graça da salvação concedida a todos os filhos de adão pelo mistério do santo
natal e da páscoa redentora de Cristo. A saudação do anjo “ave, cheia de
graça”. “A Virgem Maria, que pelo anuncio do Anjo recebeu o verbo de Deus em
sua alma e em seu corpo e deu a vida ao mundo, é reconhecida e venerada como verdadeira
mãe de Deus e do redentor” (LG 53).
Em Maria realiza-se o
encontro de Deus com o homem. No seu seio Deus opera a maravilha da salvação, o
mistério da encarnação, ou seja, a feliz união de Deus com o homem. Encontro
tão pessoal que a Palavra Eterna (cf. Jo 1,1), O Filho do Pai, faz-se humano em
Maria e se encarna em nossa raça. “Retomando a expressão de são João “O verbo
se fez carne” (Jo 1,14), a Igreja chama encarnação ao fato de o Filho de Deus
ter assumido uma natureza humana, para nela levar a efeito a nossa salvação”
(CIC n, 461). É fato. É verdade. É mistério de fé (cf.1Jo 4,2).
O apostolo Paulo
maravilhado com tal mistério resume em poucos versículos o Plano da salvação.
“Quando chegou a Plenitude dos tempos, Deus enviou o seu Filho, nascido de uma
mulher, nascido sujeito à lei, a fim de nos tornássemos filhos adotivos”
(vv.4-5). Que alegria sente o coração humano, que graça recebida do céu graças
ao mistério da encarnação, ser filho adotivo de Deus em Cristo no Espírito
Santo e devo agora agir como filho e não como escravo, com amor e não com
temor. ‘vede que prova de amor, sermos chamados filhos de Deus’. E porque vocês
são filhos, enviou Deus aos nossos corações o Espírito do seu Filho, que clama:
Abba! O que significa: meu Pai. Portanto, cremos na humanização de Deus para a
divinização do homem. Cremos que Ele se fez carne numa humanidade originada da
humanidade da Virgem Maria. é carne de sua carne. É sangue de seu sangue.
Dois momentos
significativos o apostolam são João evangelista apresenta a presença de Maria
no mistério de Cristo. O primeiro no inicio da missão do Senhor, Jesus realiza
o seu primeiro sinal, a pedido da sua Mãe (cf. Jo 2,11), por ocasião da festa
de um casamento. Ela é mãe de Misericórdia que movida por compaixão não deixa
os filhos a mercê da sorte. O segundo no momento da Hora, a Hora da cruz, ela
nos é dada como Mãe da Igreja. O Concílio Vaticano II
diz que Maria “peregrinou no
caminho da fé” (LG 58). Já provada nesse caminho, ela, que sempre
esteve unida ao seu Filho, apareceu pobre, madura e fidelíssima ao pé da cruz: “Conservou fielmente a união com seu
Filho até a cruz, junto da qual, por desígnio de Deus, se manteve de pé (cf. Jo
19,25); sofreu profundamente com o seu Unigênito e associou-se de coração
maternal ao seu sacrifício, consentindo amorosamente na imolação da vítima que
ela havia gerado...” (LG 58).
Que graça
de Deus, que fruto bendito, Que hora bendita, à Hora da salvação plena esta
presente O Salvador agonizando, a Virgem Maria, o discípulo amado. ”Do “E desse
momento em diante, o discípulo a recebe em sua casa” (Jo19, 27). «Efetivamente,
a Virgem Maria [...] é reconhecida e honrada como verdadeira Mãe de Deus e do
Redentor [...]. Ao mesmo tempo, porém, é verdadeiramente "Mãe dos membros
(de Cristo) [...], porque cooperou com o seu amor para que na Igreja nascessem
os fiéis, membros daquela Cabeça"» (525). «Maria, [...] Mãe de Cristo e
Mãe da Igreja”. Ela é nossa mãe na ordem da graça. A solicitude que ela tinha
com cristo, agora tem com os membros de cristo. “Pela sua plena adesão à
vontade do Pai, à obra redentora do Filho e a todas as moções do Espírito
Santo, a Virgem Maria é para a Igreja o modelo da fé e da caridade. Por isso,
ela é «membro eminente e inteiramente singular da Igreja» (533) e constitui
mesmo «a realização exemplar», o typus,
da Igreja. A sua maternidade não terminou, mas continua com mais eficácia, pois
já se encontra junto da Gloria. «Esta maternidade de Maria na economia da graça
perdura sem interrupção, desde o consentimento, que fielmente deu na anunciação
e que manteve inabalável junto da Cruz, até a consumação perpétua de todos os
eleitos. De fato, depois de elevada ao céu, não abandonou esta missão
salvadora, mas, com a sua multiforme intercessão, continua a alcançar-nos os
dons da salvação eterna [...]. Por isso, a Virgem é invocada na Igreja com os
títulos de advogada, auxiliadora, socorro e medianeira».
Caros irmãos concentrem nas duas
idéias fundamentais; Maria Mãe de Deus e Mãe da Igreja. A Igreja peregrina
segue as suas pegadas no seguimento a Cristo e no serviço maternal. Caminhamos
nas estradas de Jesus com Maria. O caminho que ela percorreu é o caminho dos
discípulos missionários de Jesus. O
Caminho de fé, de disponibilidade e de meditação dos mistérios de Cristo. Ela é
modelo no seguimento a cristo, os discípulos ainda a caminho. A exemplaridade
da Bem aventurada Virgem, que emerge da celebração litúrgica, induz os fies a
se fazerem semelhante à mãe, para configurar-se melhor ao Filho. Leva-os a
celebrar os mistérios de Cristo com os mesmos sentimentos e atitudes da Virgem
em relação a seu Filho, no nascimento e na epifania, na morte e ressurreição.
Estimula-os a guardar diligentemente a Palavra de deus e meditá-la com amor;
para louvar jubilosamente a Deus e dar-lhe graças com alegria, para servir
fielmente a Deus e aos irmãos e oferecer generosamente a vida
por eles; para serem misericordiosos e humildes; para observar a lei do
Senhor e faze a sua vontade, para mar a Deus em tudo e acima de tudo, para
estar vigilantes, a espera do Senhor que vem.
Pe.
Humberto
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